Muitos previram o crescimento do euro no futuro previsível no ano passado, contando com o aumento dos rendimentos dos títulos do governo alemão, uma pausa no ciclo de aperto monetário do Fed e um possível aumento nas taxas de juros do BCE.
No entanto, os dados publicados em janeiro mostraram que as ordens de produção e a produção industrial no maior país da região diminuíram, e o rendimento dos títulos do governo ficou próximo a mínimos de dois anos.
O BCE prometeu manter a taxa inalterada pelo menos até o final do verão de 2019, mas o mercado monetário não espera um aumento no custo dos empréstimos antes do segundo trimestre de 2020.
Especialistas do Société Générale acreditam que as sombrias perspectivas econômicas da região pressionarão o euro.
"Se a economia americana não desacelerasse, a moeda única européia já poderia estar sendo negociada próxima da marca de US $ 1,10. Estamos nos inclinando para posições vendidas no euro em relação à libra, ao iene e ao dólar australiano", observaram.
"A desaceleração na taxa de crescimento do PIB da zona do euro sugere uma queda no indicador de atividade empresarial no setor industrial para 48 pontos nos próximos quatro a cinco meses", disseram especialistas do Citigroup.
"Se esta recessão for acompanhada por uma queda na inflação para os níveis de 2016, os investidores terão novamente que enfrentar retornos zero ou menores", acrescentaram.
Enquanto isso, os analistas do Goldman Sachs acreditam que o euro pode se beneficiar do fato de que a economia dos EUA desacelera mais rápido que a européia.
"Apesar do fato de que em ambas as economias há sinais de desaceleração, o euro tem espaço para crescimento à medida que a dinâmica negativa se desenvolve nos EUA. A fraqueza das estatísticas na zona do euro é causada por fatores temporários. Esperamos que em três meses. o par EUR / USD subirá para o nível de 1,17 ", disseram eles.
