O aumento inesperado das tarifas sobre as importações chinesas mudou radicalmente o futuro próximo do euro. A moeda está se preparando para subir pela segunda semana consecutiva em meio a preocupações de que qualquer escalada do conflito comercial entre os Estados Unidos e a China forçará o Fed a baixar as taxas de juros. D. Trump aumentou as tarifas de 10% para 25%, e Pequim disse que irá revidar. Ambos os lados estão realizando a rodada final de negociações, na tentativa de chegar a um acordo.
Os investidores, enquanto isso, acreditam que o conflito inevitavelmente levará a uma queda na taxa de juros nos Estados Unidos. Antes disso, os mercados estavam apostando em um aumento da taxa até o final de 2019. As contra-medidas da China, embora não tão grandes, ainda afetarão as perspectivas da economia americana e aumentarão as chances de um corte na taxa do Fed, especialmente, devido ao fato de que o Fed agora tem mais oportunidades de suavizar as políticas do que a maioria dos outros bancos centrais, e isso, irá resultar na depreciação do dólar em relação ao euro e ao iene.
A moeda única europeia subiu 0,1%, para 1,1220 dólares, e vem crescendo pela segunda semana consecutiva. No geral, o apetite de risco foi silenciado, embora algumas das moedas de alto rendimento, como o dólar australiano, que caiu no início desta semana, subissem após a declaração de D. Trump. Até agora, as tensões comerciais têm pouco efeito sobre os mercados de câmbio: os ativos de refúgio, como o iene, somaram apenas 1,2% esta semana, e os indicadores de volatilidade no mercado de câmbio foram suprimidos, apesar de uma ligeira recuperação.
