No debate, Donald Trump e Joe Biden ofereceram visões completamente diferentes sobre a luta contra a pandemia do coronavírus, que, é claro, não era a favor do atual presidente dos Estados Unidos. Trump continuou a minimizar a gravidade da crise, ao mesmo tempo em que aumentava a ênfase em uma vacina que ainda não está claro quando será inventada. Ele também deu avaliações otimistas sobre a trajetória da pandemia, embora os casos nos EUA estejam novamente aumentando.
Quanto a Biden, ele reconheceu as perdas terríveis com a pandemia do coronavírus e advertiu as pessoas de que elas deveriam se preparar para um período mais difícil, porque outra onda pandêmica poderia atacar novamente.
Outro tema quente durante o debate foram questões financeiras e de negócios da família, sobre as quais Trump novamente fez declarações infundadas contra o filho de Biden. Biden defendeu sua família com todas as suas forças e negou categoricamente as acusações, enquanto tentava trazer a conversa de volta para a política.
Ambos os candidatos também foram convidados a falar diretamente sobre o racismo na América, ao qual Biden disse sem rodeios que o racismo institucional existe, portanto, combater a desigualdade racial será uma prioridade em seu governo e sua agenda presidencial. Trump, enquanto isso, continuou a dobrar sua linha, alegando que fez mais pelos afro-americanos do que qualquer presidente desde Abraham Lincoln.
Nem preciso dizer que Joe Biden está inegavelmente ganhando cada vez mais vantagem contra Donald Trump à medida que o dia das eleições se aproxima, o que limita o potencial de valorização do dólar americano contra uma série de ativos de risco.
No que se refere às estatísticas econômicas, um dos dados que mais deu sustentação ao dólar norte-americano é o relatório sobre o mercado de trabalho norte-americano, que, de acordo com o cadastro do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, melhorou em termos de pedidos de seguro-desemprego no país. Os dados mais recentes indicam que os pedidos iniciais caíram em 55.000 e para 787.000 na semana de 11 a 17 de outubro.
O relatório de indicadores antecedentes, divulgado pelo Conference Board, também teve impacto positivo sobre o dólar, principalmente porque o índice subiu 0,7% e atingiu 107,2 pontos em setembro, enquanto os economistas esperavam alta de apenas 0,6%. .
A situação no mercado imobiliário dos EUA também melhorou em meio à disponibilidade de crédito e taxas de juros quase nulas. Assim, no último relatório da Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, as vendas de casas saltaram para um recorde histórico em setembro, aumentando 9,4% em relação ao mês anterior. Atualmente é de 6,54 milhões de residências por ano. Enquanto isso, se comparado ao mesmo período do ano passado, as vendas aumentaram 20,9%.
Quanto ao quadro técnico do par EUR / USD, a demanda pelo euro pode cair ainda mais se os dados sobre os setores de manufatura e serviços da zona do euro forem ruins ou piores do que as previsões dos economistas. Por exemplo, o PMI composto corre o risco de cair abaixo de 50 pontos, o que paralisa o ritmo de crescimento econômico em meados do outono deste ano, o que é uma má notícia para o euro.
Se os indicadores realmente correrem ruins, o euro certamente irá cair, podendo sair dos mínimos de ontem (1,1790) e cair ainda mais para os níveis 1,1740 e 1,1685. O preço terá chance de subir somente se os dados excederem as previsões. A demanda, por sua vez, só será retomada após uma quebra do nível de resistência de 1,1815, e isso tornará mais fácil para os touros trazer a cotação para a alta semanal (1,1875).
GBP / USD
O Brexit está novamente adicionando pressão sobre a libra britânica, especialmente porque os rumores de que o Reino Unido está pronto para fazer concessões no acordo comercial permaneceram apenas uma conversa, esfriando assim o ardor dos compradores especulativos da libra.
A somar a isso, os dados recentemente publicados sobre a confiança do consumidor do Reino Unido indicavam uma queda em outubro deste ano, o que não é bom tanto para a economia como para a libra esterlina.
O relatório do GfK disse que o número caiu para -31 pontos de -25 pontos um mês antes, enquanto os economistas esperavam que fosse -27 pontos. A principal razão para este declínio é o aumento maciço da incidência da COVID-19 em todo o país, bem como sobre as novas medidas de restrição.
Portanto, para o quadro técnico do par GBP / USD, o maior suporte agora é visto cerca do nível 1,3035, no entanto, é difícil dizer se os touros irão defendê-lo ativamente. Muito provavelmente, as posições ativas serão estabelecidas no nível de suporte de 1,2980, mas se os touros quiserem retornar o par para um mercado de alta, eles devem se certificar de que a cotação quebra acima do nível de resistência de 1,3100. Somente assim a libra terá a chance de atingir a máxima de 1,3150.
