Os preços do petróleo caíram esta manhã em meio a um aumento descontrolado de infecções mundiais de COVID-19 e novas medidas de quarentena.
Na manhã de 7 de dezembro, na Bolsa Mercantil de Nova York, o custo dos futuros do Brent de fevereiro diminuiu 0,47%, totalizando $ 49,02 por barril. Na última sexta-feira, os contratos subiram US $ 0,54 (1,1%) e chegaram a US $49,25 por barril.
Enquanto isso, os futuros de janeiro do WTI caíram 0,48%, totalizando $ 46,04 por barril. Na última sexta-feira, os contratos subiram US $0,62 (1,4%) e chegaram a US $ 46,26 o barril.
De forma geral, na primeira semana de dezembro, o petróleo Brent subiu 2,1% enquanto o WTI cresceu 1,6%.
Até o momento, os participantes do mercado estão monitorando a situação com o coronavírus. Nos últimos dias, os Estados Unidos relataram um novo pico na incidência de COVID-19, quebrando o recorde anterior que era de 200.000 (os casos chegaram a 227.000). A este respeito, alguns estados e cidades individuais decidiram restringir as medidas de quarentena. Um exemplo é Los Angeles, que implementou o isolamento residencial obrigatório para os cidadãos.
O aumento persistente da incidência da COVID-19 também preocupou outros países. Como parte da luta contra o vírus, a Coreia do Sul decidiu fortalecer as medidas de distanciamento social em Seul para 2,5 níveis.
É claro que essas notícias da América e da Coreia do Sul despertaram temores entre os investidores, o que, por sua vez, pressionou os preços do petróleo. Parece que os participantes do mercado esqueceram seu otimismo de várias semanas, causado pela esperança do aparecimento iminente das vacinas COVID-19.
Os especialistas também divulgaram previsões decepcionantes para o petróleo. No curto prazo, os analistas disseram que as medidas de quarentena e restrições rígidas reduzirão significativamente os preços do petróleo, e a dinâmica de longo prazo do mercado dependerá em grande parte da rapidez com que as vacinas da COVID-19 se espalharão pelo mundo.
Isso está em contraste com a alta do petróleo na semana passada, que aconteceu devido a muitos fatores. O primeiro foram os resultados da recente reunião da OPEP, durante a qual os membros concordaram em aumentar a produção de petróleo em apenas 0,5 milhão de barris por dia, e não em 2 milhões de barris por dia, como planejado anteriormente.
Os investidores também estão otimistas por causa da possível adoção de um novo pacote de estímulo dos EUA, especialmente desde sexta-feira passada, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse que os legisladores dos EUA estão tentando aprovar um plano de orçamento em breve. O atual presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, estão prontos para propor um pacote de estímulo de US $908 bilhões.
Os especialistas preveem que as negociações sobre novos estímulos à economia americana podem sustentar os preços do petróleo, mas não serão suficientes. O mercado de petróleo só se estabilizará se houver notícias mais promissoras sobre as vacinas de COVID-19.
