Há alguma agitação na quarta-feira em antecipação à liberação dos dados de inflação nos Estados Unidos. Os especialistas estão preocupados que o aumento da inflação nos EUA possa afetar negativamente a moeda nacional.
Na manhã do dia 10 de fevereiro, a moeda americana permaneceu estável em relação a outras moedas globais. Especialistas atribuem esta relativa calma à expectativa de dados sobre a inflação nos Estados Unidos. Os analistas acreditam que este é um fator chave para os mercados que podem mudar drasticamente a situação atual. Estes indicadores são considerados como os mais importantes para a dinâmica futura do dólar.
Vários especialistas dizem que a inflação deve acelerar o declínio do dólar. Isso está acontecendo em meio ao aumento das expectativas de inflação nos Estados Unidos, o que torna a moeda nacional mais barata. Atualmente, o nível dessas expectativas é igual a 2,31%. No entanto, analistas alertam que os cálculos potenciais são muito diferentes dos reais. Para um indicador tão importante como o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos, o valor real é de 1,6% e o valor estimado é de 1,5%. Especialistas admitem que os preços ao consumidor na América aumentaram 1,5%, enquanto a taxa de inflação foi de 0,3% em janeiro de 2021.
Mas ao comparar a taxa de inflação nos EUA e na Zona do Euro, os especialistas concluem que o fortalecimento desse indicador é possível nesta última. Isso é facilitado pelo sentimento relativamente positivo em relação aos relatórios macroeconômicos da Alemanha. Hoje, o mercado espera os dados finais sobre a inflação de janeiro do Instituto Federal de Estatística. Segundo cálculos dos economistas, os preços ao consumidor no país aumentaram 1% na comparação anual e a inflação do mês atingiu 0,8%. Note-se que é importante para os analistas comparar o nível de inflação nos EUA e na UE, porque onde a inflação é mais alta, a moeda nacional fica mais barata.
O pacote de estímulo de US $1,9 trilhão adotado recentemente pode ser um forte fator para a queda do dólar. Há discussões contínuas nos Estados Unidos sobre essa medida de apoio à economia nacional. De acordo com o chefe de estado Joe Biden e o Partido Democrata, o fraco estímulo econômico vai desacelerar sua recuperação após a COVID-19. No entanto, os especialistas observam que o novo pacote de estímulo tem prós e contras. Por um lado, essa medida auxilia o crescimento econômico dos Estados Unidos ao apoiar a taxa de câmbio do dólar e, por outro, pode levar a uma explosão da inflação, o que afetará a dinâmica do dólar.
As atuais macro estatísticas da área do euro, principalmente da Alemanha, podem afetar significativamente a taxa do euro. No entanto, especialistas acreditam que um possível resultado positivo não resolverá os problemas dessa moeda. Ao mesmo tempo, o enfraquecimento prolongado do dólar americano dificilmente ajudará o euro, e as chances de crescimento significativo deste último são próximas de zero. Isso é facilitado pela situação econômica instável na zona do euro em vista da longa recuperação após a COVID-19.
De acordo com especialistas, a moeda europeia no par EUR / USD pode começar a cair depois do dólar americano. Esta manhã, o par EUR / USD estava sendo negociado próximo de nível 1,2125, tentando subir ainda mais, mas com sucesso variável.
Apesar de uma série de previsões negativas para a moeda dos EUA, os analistas da TD Securities estão certos de que a economia dos EUA se recuperará mais rapidamente em relação a outros países. Se esse cenário se concretizar em um futuro próximo, o dólar norte-americano conseguirá superar a maioria das moedas e retomar as posições perdidas de liderança.
