O final da semana atual foi decepcionante para o dólar americano: continuou a diminuir após o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em frente aos líderes do FMI. Por outro lado, a moeda Euro também está tendo uma dificuldade: diminuiu ligeiramente antes da publicação dos dados estatísticos da Alemanha.
Na manhã de 9 de abril, o euro caiu em relação ao dólar americano antes do lançamento do relatório de produção industrial na Alemanha. Especialistas esperam que o indicador aumente 1,5% para o mês após o declínio anterior. Quando as negociações começaram, o par EUR/USD estava na faixa de 1,1895-1,1886. A moeda Euro conseguiu subir ligeiramente, ultrapassando o nível de resistência anterior de 1,1864, o que é um sinal de "alta" para o mercado. Os analistas esperam uma pressão maior sobre a moeda única e um retorno ao cenário de "baixa" para o par EUR/USD. Isto é possível se o nível de resistência de 1.1921 for ultrapassado, o que abrirá o caminho para o nível de 1.1964. Ao mesmo tempo, especialistas recomendam a abertura de posições longas para o euro.
A moeda americana, por sua vez, recuperou algumas de suas perdas recentemente, mas pode manter seu declínio máximo até o final desta semana. Isto é apoiado pelas fortes estatísticas da Europa, pelo crescimento maciço do número de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA e pela retórica "dovish" do Fed. Pode-se lembrar que o rendimento do Tesouro e a taxa de câmbio do dólar caíram novamente após o discurso do presidente do Fed para a liderança do FMI. J. Powell tentou fazer declarações calmas sobre o controle da taxa de inflação, mas enfatizou que a recuperação econômica da América ainda está em progresso.
De acordo com os representantes da FRS, a economia americana ainda requer um estímulo monetário agressivo, apesar de melhorar suas perspectivas. Em termos de inflação, J. Powell observou o aumento da pressão de preços à medida que a economia nacional se recupera, mas isto será temporário. O regulador considera que os riscos para a previsão da inflação são relativamente equilibrados, não representando uma ameaça para o crescimento econômico nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o Federal Reserve manteve a taxa de juros dos fundos federais no mesmo nível (0-0,25%), permitindo seu aumento não antes de 2023.
Enquanto isso, as estatísticas decepcionantes sobre o mercado de trabalho americano contribuíram para o enfraquecimento da posição do dólar americano. Na semana passada, o número de americanos que se candidataram ao subsídio de desemprego pela primeira vez aumentou em 16 mil, ou seja, para 744 mil pessoas. O Departamento do Trabalho dos EUA declarou que este indicador vem crescendo pela segunda semana consecutiva. Isto desapontou os mercados e analistas, que esperavam uma redução no número de pedidos de subsídio de desemprego para 680 mil. Em todo caso, o regulador continua positivo, tendo melhorado sua previsão de emprego e inflação. O Fed espera que a inflação aumente para 2,4% este ano, o que está acima da meta de 2%.
Especialistas acreditam que o aumento do número de pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos dificulta a recuperação ativa da economia nacional. Embora não considerem este fator claramente negativo para o dólar, eles temem que a tendência de queda se desenvolva. Segundo eles, um grave deslize no mercado de trabalho dos EUA pode causar uma reavaliação das expectativas dos investidores e uma inversão no mercado.
