A moeda americana continua a subir, enquanto o euro está tentando seguir seu rival. No momento, a moeda única já conseguiu ganhar em valor, mas a alta dificilmente será duradoura.
Na segunda-feira, na segunda parte do dia, o euro avançou em relação ao dólar americano em meio ao apetite crescente por ativos de risco e a uma ameaça geopolítica mais fraca. As preocupações foram de alguma forma aliviadas pela notícia de que a Rússia e a Ucrânia poderiam alcançar algum progresso nas negociações. Neste contexto, a demanda pelos ativos de porto-seguro caiu quando os investidores mudaram para ativos de risco, incluindo o euro. Na segunda-feira, o par euro/dólar estava sendo negociado a 1,0949. Durante o pregão anterior, o par não ultrapassou 1,0909. No início da terça-feira, ele estava sendo negociado na faixa de 1,0980-1,0981.
Segundo os analistas, no início da semana, o par euro/dólar atingiu sua alta diária de 1,0989 em meio às expectativas da resolução do conflito Rússia-Ucrânia. No momento, o par está sendo negociado no verde. Os indicadores técnicos se estabilizaram após a correção e deixaram os níveis de sobrevenda. No entanto, o par pode cair para novos mínimos anuais próximos de 1,0800.
O dólar norte-americano ganhou em valor nas condições existentes. Os estrategistas da Wells Fargo supõem que é provável que se estabilize até o final do primeiro trimestre de 2022. Os analistas estão considerando o aperto agressivo das políticas monetárias por numerosos bancos centrais, que devem apoiar o dólar. A Wells Fargo prevê que no primeiro trimestre de 2022, o potencial ascendente da divisa dos EUA subirá e o rali poderá ser duradouro. O Fed poderá aumentar a taxa de referência a um ritmo mais rápido do que outros bancos centrais.
Os participantes do mercado esperam medidas decisivas do Fed na próxima reunião. Os resultados da reunião do FOMC serão divulgados na quarta-feira, 16 de março. Os analistas supõem que o regulador anunciará o primeiro aumento da taxa de juros de referência. Tais medidas tiveram lugar pela última vez em 2018. No momento, as autoridades monetárias estão tentando resistir a uma dupla ameaça: o aumento da inflação, que já atingiu uma alta de 40 anos, e a instabilidade econômica causada pela crise russo-ucraniana. O Fed pode aumentar a taxa de referência em 25 pontos de base e reduzir seu saldo.
Anteriormente, após uma reunião de dois dias, o Fed anunciou sua intenção de aumentar a taxa de juros de referência em 25 pontos-base. Isto é necessário para limitar a inflação em alta, que totaliza 7,9%, excedendo assim significativamente o nível visado de 2%. Um aumento considerável no mercado de commodities tornou-se uma razão adicional para o aperto da política monetária. No entanto, há preocupações de que uma taxa de juros elevada pode diminuir o crescimento econômico e causar um salto nos preços ao consumidor. Isto, por sua vez, tem uma influência negativa sobre a atividade do consumidor.
Os especialistas da Wells Fargo pensam que os mercados terão que se adaptar a um aumento mais lento das taxas de juros. Isto pode permitir que o dólar americano suba contra a maioria das moedas dos países do G10 e contra as moedas dos mercados emergentes.
