O BCE deixou sua taxa básica de juros inalterada no nível mais baixo. Desde março de 2016, ela está em zero. Os ministros das finanças da UE concordaram em apertar ligeiramente a política fiscal no próximo ano, após três anos de injeção de bilhões na economia devido à pandemia do coronavírus. Eles também disseram que prepararão mais dinheiro se a situação na Ucrânia o tornar necessário.
O EUR/USD reagiu fracamente a esta notícia, mas durante a sessão dos EUA sofreu um declínio em meio ao aumento da demanda por dólar.
Embora todos os ministros da UE tenham dito que a economia da zona do euro está em boa forma, a incerteza aumentou significativamente. As implicações econômicas do conflito na Ucrânia ainda não foram determinadas, aumentando os riscos associados a problemas contínuos na cadeia de abastecimento, preços bastante altos de energia e inflação, que permanece em um nível elevado por muito mais tempo do que o esperado.
Em 2 de março, a Comissão Europeia recomendou que os governos da UE passem de uma postura de apoio para uma postura neutra no próximo ano, uma vez que a economia está crescendo e os países da UE têm grandes dívidas como resultado da pandemia. Mas eles também disseram que os governos deveriam estar prontos para voltar rapidamente a apoiar a economia com dinheiro público, dependendo dos problemas que a situação geopolítica na Ucrânia trará.
A mudança política potencial será facilitada pelo fato de que as restrições de empréstimos do governo da UE provavelmente permanecerão suspensas em 2023, devido à incerteza causada pela situação na Ucrânia. Os ministros concordaram que países com altos níveis de dívida, como Itália ou Grécia, devem se concentrar na redução da mesma, enquanto os países com baixos níveis de dívida devem se concentrar mais no investimento.
Em termos de inflação, o BCE projetou que alcançará uma média de 5,1%, apesar de a economia crescer 0,5% mais lentamente devido a tensões geopolíticas. Mas, em 2023, ele cairá para 2,1%.
A Comissão Europeia publicará suas próprias previsões econômicas atualizadas em maio.
