As perspectivas para a demanda por petróleo bruto no segundo maior consumidor do mundo etá incerta em meio ao bloqueio prolongado em Xangai.
A demanda por petróleo na China já diminuiu cerca de 1,2 a 1,3 milhão de barris por dia, segundo dados da consultoria de energia FGE.
Metade da demanda perdida vem do combustível de aviação, mostram os dados.
Antes do último surto de coronavírus, a demanda diária da China era em média de 13,7 milhões de barris por dia em janeiro e fevereiro.
Mesmo que o bloqueio em Xangai termine, meio milhão de barris de demanda diária de petróleo permanecerá em risco de novas restrições em outras partes do país, informa a Bloomberg.
Desde março deste ano, o petróleo caiu cerca de 30% em valor:
Os Lockdowns na China alarmaram os mercados petrolíferos várias vezes nos últimos dois anos, dada a forte dependência do país em relação às importações de petróleo. Desta vez, o primeiro sinal de alarme surgiu em março, quando foi relatado um declínio de 36% no tráfego em Xangai, enquanto em Shenzhen, caiu 26%.
Uma queda inevitável nos preços do petróleo veio em meio à política de covid zero de Pequim, baseada em medidas de quarentena imediata.
Estes lockdowns, por sua vez, afetam o consumo de petróleo e, aparentemente, assustam os traders do petróleo. Em março, as autoridades chinesas fecharam Shenzhen, uma cidade com 17,5 milhões de habitantes, enviando imediatamente os preços do petróleo a preços mais baixos. Na semana passada, os preços do petróleo bruto caíram, assim como houve um forte fator adicional na forma de liberação da reserva de petróleo anunciada pelos EUA.