O par libra/dólar está em queda, atualizando cada vez mais novos preços baixos. Hoje, os ursos do GBP/USD fizeram outro avanço nos preços, caindo para a base do 27ª cifra. O par foi o último nesta área de preços na queda de 2020. Em geral, a fuga dos riscos, fracos relatórios macroeconômicos no Reino Unido, o crescimento das expectativas mais agressivas sobre as ações futuras do Fed, tensões geopolíticas - todas estas circunstâncias empurram o par para baixo para novos preços anti-registros.
No final da semana passada, os vendedores superaram o nível de suporte poderoso e "inexpugnável" de 1.3000. Antes disso, eles testaram esta linha de preço por vários dias, mas cada vez não conseguiram se firmar na área da 29ª cifra. Entretanto, na sexta-feira, o mercado foi marcado por mais uma alta do dólar, após o qual a libra caiu novamente, superando mais de 300 pontos em dois dias de negociação. A atitude de Jerome Powell, que ele demonstrou durante seu último discurso (última quinta-feira), foi outra indicação de que o Fed pretende apertar agressivamente a política monetária. Uma subida de 50 pontos na reunião de maio é um assunto que pode ser dito que foi resolvido. Há também uma alta probabilidade de um aumento de 50 pontos, após os resultados da reunião de junho. É muito cedo para falar sobre outras perspectivas, mas é seguro dizer que cada reunião subsequente deste ano será marcada por um aumento na taxa de juros. A única questão é por qual quantia - 25 ou 50 pontos-base.
Contra o pano de fundo de tais impulsos dos falcões, o Banco da Inglaterra parece muito desanimado. Há cada vez mais sugestões no mercado de que o regulador inglês decepcionará os traders na reunião de maio (que ocorrerá na próxima semana), já que tomará uma posição de espera para ver. Em particular, os estrategistas cambiais do Scotiabank canadense advertiram seus clientes sobre a alta probabilidade deste cenário. De acordo com eles, vários sinais ao mesmo tempo indicam um enfraquecimento da posição de gavião do Banco Central Britânico. Em primeiro lugar, é a retórica indecisa dos membros do Banco da Inglaterra e, em segundo lugar, os relatórios macroeconômicos bastante fracos que têm sido publicados nas últimas 4 a 5 semanas.
O chefe do regulador inglês, Andrew Bailey, realmente "não brilha com otimismo". Em um de seus discursos, ele questionou de fato a conveniência de aumentar a taxa de juros na reunião de maio. Bailey apontou repetidamente para a "situação instável" que se desenvolveu no Reino Unido e além. Após tais palavras, a ideia começou a soar cada vez mais frequentemente entre os analistas de que o regulador inglês poderia tomar uma posição de espera na próxima reunião. A propósito, o Comitê do Banco da Inglaterra também não demonstrou solidez na reunião de março - como você sabe, John Cunliffe então votou contra o aumento da taxa. Pode-se supor que, após os resultados da reunião de maio, haverá mais "dissidentes".
Os relatórios macroeconômicos do Reino Unido também deixam muito a desejar. Naturalmente, exceto pela inflação, que continua a atualizar os registros. O resto dos comunicados, para dizer de forma branda, "levantam questões".
Por exemplo, os últimos dados sobre vendas no varejo no Reino Unido na semana passada saíram na zona vermelha - levando em conta tanto os custos de combustível como sem este componente. Assim, o volume do comércio varejista, levando em conta os custos de combustível, permaneceu na zona negativa, refletindo uma diminuição na atividade do consumidor. Com uma previsão de crescimento de 0,2%, o indicador despencou para -1,4%. Uma situação semelhante se desenvolveu com o componente "relacionado": o volume do comércio varejista excluindo os custos de combustível em março diminuiu (-1,1%), com uma previsão de crescimento de 0,4%..
Os dados sobre o crescimento da economia britânica, publicados no início de abril, também desapontaram. Em uma base mensal, o volume do PIB em fevereiro aumentou apenas 0,1% (em janeiro, foi registrado um aumento para 0,8%). De acordo com a maioria dos especialistas, o crescimento deveria ter sido mais impressionante, portanto, este componente saiu na "zona vermelha".
Assim, o par GBP/USD retém o potencial para sua queda adicional. O aumento da demanda pela moeda americana se deve não apenas ao humor aguerrido do Fed, mas também ao crescimento do sentimento de anti-risco. O "caso ucraniano", a "questão de Taiwan" e o surto de coronavírus na China - estas "três baleias" mantêm o dólar seguro no contexto de vôo de risco. Por isso, é aconselhável usar as recuos corretivos para o par como desculpa para entrar em vendas. A libra ainda não consegue reverter a situação, enquanto o dólar só está ganhando impulso em todo o mercado.
Do ponto de vista da tecnologia, o par no intervalo D1 está localizado na linha inferior do indicador de Bandas de Bollinger, assim como sob todas as linhas do indicador Ichimoku, que mostra um sinal de "Linhas Paralelas" em baixa. Todos estes sinais de natureza técnica também indicam a prioridade do movimento de descida. O primeiro, e até agora o principal alvo da tendência sul está localizado em 1,2670 - este é o limite inferior da nuvem Kumo no gráfico semanal. Se os ursos do GBP/USD ganharam uma posição abaixo deste alvo, eles abrirão seu caminho para a base da 26ª cifra.
