Na quarta-feira, os preços globais do petróleo estão aumentando constantemente após um curto declínio no dia anterior. A queda nos preços do petróleo na terça-feira foi causada por especulações de que alguns produtores querem suspender a participação da Rússia no acordo de produção da Opep+, bem como por novas sanções contra a Rússia.
No momento da escrita deste artigo, os futuros de petróleo Brent de agosto ganharam 0,36% e agora estão pairando perto de US $116,02 por barril. Um dia antes, o Brent perdeu 1,7% e caiu para US$ 115,60 por barril.
Os contratos futuros de petróleo WTI para julho subiram 0,44%, para US$ 115,17 por barril na quarta-feira. Ontem, os contratos futuros caíram 0,35%, para US$ 114,67 por barril.
Assim, na terça-feira, o petróleo se desvalorizou cerca de 2% após um relatório de que alguns membros da Opep estão explorando a ideia de suspender a participação da Rússia no acordo sobre o conflito na Ucrânia. Os principais fatores neste caso são as sanções ocidentais impostas à Rússia e o embargo parcial às importações de petróleo russo. Este passo limitará notavelmente a capacidade da Rússia de aumentar a produção de petróleo. A próxima reunião da OPEP+ acontecerá em 2 de junho de 2022.
Em 2021, a Rússia, um dos três maiores produtores de petróleo do mundo, fez um acordo com a OPEP e outros 9 membros não pertencentes à OPEP para aumentar gradualmente a produção a cada mês. No entanto, em meio a sanções anti-russas, os analistas preveem uma queda de 8% na produção de petróleo.
As cotações do petróleo estavam subindo constantemente até que as notícias sobre a possível suspensão da Rússia apareceram na mídia. No início do pregão de terça-feira, os futuros do Brent para julho saltaram acima de US$ 124 por barril pela primeira vez desde 9 de março.
Especialistas sugerem que se o cancelamento da adesão da Rússia for confirmado, o preço do petróleo pode cair para US$ 100.
Hoje, os mercados estão focados nas perspectivas de fornecimento em meio à proibição das importações de petróleo russo para a UE. Em 31 de maio, os membros da UE concordaram com o sexto pacote de sanções que inclui um embargo parcial sobre petróleo e derivados importados por via marítima.
As sanções proíbem as empresas locais de fornecerem seguros aos petroleiros russos. Isso significa que, a partir de agora, a Rússia está isolada do maior mercado de exportação.
As restrições serão um duro golpe para as entregas de petróleo para a Ásia, o que pode atrapalhar o plano da Rússia de reorientar as exportações para a China e a Índia.
Essa proibição pode afetar seriamente a economia da Rússia, pois a maioria das empresas europeias se recusará a transportar petróleo sem seguro. A eficácia dessa restrição foi testada anteriormente no Irã e provou ser bem-sucedida.
Muitos países europeus envolvidos no transporte marítimo já manifestaram preocupação com a proibição de seguro para petroleiros russos. Assim, a UE decidiu implementá-lo gradualmente nos próximos seis meses.
A declaração oficial sobre as novas medidas restritivas contra Moscou é esperada nos próximos dias.