A moeda europeia está procurando freneticamente uma saída para a situação atual, quando o declínio persiste, e a paridade com o dólar paira no horizonte. Ao mesmo tempo, a moeda americana permanece em uma tendência de alta, alimentada pelo interesse dos investidores que preferem investir no dólar em meio ao possível início de uma recessão.
No início das negociações nesta terça-feira, 12 de julho, o euro estava se equilibrando perto de um mínimo de 20 anos, aproximando-se firmemente da paridade com o dólar. Especialistas acreditam que a principal razão para este fenômeno é o medo crescente sobre a crise energética, que pode mergulhar a Europa na recessão. Neste contexto, as ações da Reserva Federal, que continua a apertar agressivamente a política monetária para conter a inflação, contrastam fortemente com a indecisão do Banco Central Europeu.
De acordo com analistas da Trading Economics, o euro atualizou sua baixa em relação ao dólar nos últimos 20 anos. A moeda única perdeu cerca de 1,2% na segunda-feira, 11 de julho, caindo para 1,0067. No futuro, a queda continuou. Na manhã de terça-feira, 12 de julho, o par EUR/USD foi negociado a 1,0011, quebrando outro anti-recorde.
O euro atingiu novos mínimos na segunda-feira, permanecendo sob pressão em relação ao dólar. Segundo estimativas preliminares, o fortalecimento do euro é improvável no segundo semestre de 2022, uma vez que a economia europeia pode sofrer uma recessão técnica. De acordo com analistas do Banco Nacional do Canadá, no futuro próximo, o euro permanecerá "em um nível próximo ao fundo".
Especialista estão certos que a melhoria da situação do euro é possível com a estabilização dos preços da energia. Atualmente, a moeda única está sofrendo um forte aumento nos preços da energia. A situação é complicada pelo conflito geopolítico na Europa Oriental e pelo aumento da inflação na zona do euro. Estes fatores estão empurrando constantemente o euro para a paridade com o dólar, ou seja, para o nível de 1,0100.
A segunda metade de 2022 não implica a formação de condições adequadas para o fortalecimento do euro. De acordo com especialistas, a economia europeia está mais próxima do que nunca de uma explosão de recessão técnica. No futuro próximo, o euro permanecerá em um nível baixo, resumem os analistas.
Neste contexto, a moeda americana está fortalecendo sua posição, ultrapassando seu rival no par EUR/USD e aproximando a probabilidade de paridade. Na quarta-feira, 13 de julho, os mercados estão esperando relatórios para junho sobre a inflação nos EUA e na Alemanha. Segundo os analistas, a inflação anual na Alemanha desacelerou para 7,6% em junho (em relação aos 7,9% anteriores). Quanto aos cálculos preliminares sobre os Estados Unidos, no mês passado, os preços ao consumidor aumentaram 8,8% em relação ao ano anterior.
Lembramos que este valor foi de 8,6% em maio.
A confirmação deste cenário significa que a inflação nos Estados Unidos permanece no nível mais alto dos últimos 40 anos. Ao mesmo tempo, um índice de preços ao consumidor mais fraco retardará a queda potencial do par EUR/USD para a paridade. Entretanto, um adiamento só é possível até que o Banco Central Europeu decida a taxa, ou seja, até a reunião da próxima quinta-feira, 21 de julho.
A maioria dos analistas concorda que uma maior aceleração da inflação contribui para um aumento da taxa chave nos Estados Unidos (em mais 75 bps). Ao mesmo tempo, também é provável que o BCE tome medidas decisivas, o que é propenso a procrastinar nesta questão. O curso de aperto da política monetária tomado pelo Fed fornecerá suporte adicional ao dólar e aumentará a pressão sobre o euro.