Na quinta-feira, o Departamento de Comércio informou que o produto interno bruto dos EUA caiu 0,9% no segundo trimestre. O relatório informa que a queda no PIB real refletiu a redução do investimento privado em estoques, investimento fixo residencial, gastos do governo federal, gastos do governo estadual e local, e investimento fixo não residencial que foram parcialmente compensados por aumentos nas exportações e gastos de consumo pessoal (PCE). Isto ocorre após meses de pesquisa e debate. Entretanto, o principal critério para uma recessão é a contração da economia por dois trimestres consecutivos.
Os analistas dizem que a recessão americana será favorável para o ouro e todos os metais preciosos, já que a Reserva Federal terá que diminuir o ritmo das subidas de taxas em um momento em que a inflação permanece persistentemente alta.
No entanto, nem todos os economistas esperam que o Federal Reserve suavize sua postura agressiva em relação à alta das taxas. Andrew Hunter, economista sênior da Capital Economics dos EUA, acredita que a inflação ainda é um problema sério que o banco central dos EUA precisa enfrentar. O relatório também observou que o consumo pessoal continua a cair, aumentando 1,1% no segundo trimestre, contra 1,8% no primeiro trimestre, mostrando também que o comércio dos EUA está começando a se recuperar. As exportações aumentaram 18% no segundo trimestre, enquanto as importações aumentaram 3,1%. No entanto, o aumento das taxas de juros estão impactando os gastos com investimentos, especialmente dos consumidores. O relatório disse que os investimentos domésticos caíram 14% no segundo trimestre, abaixo de um aumento de 0,4% no primeiro trimestre.