A moeda norte-americana mostrou um poderoso avanço após a divulgação de dados impressionantes sobre a inflação nos EUA. Posteriormente, o dólar "desacelerou" um pouco, avaliando os resultados. Isto foi aproveitado pelo euro, que cresceu ligeiramente. No entanto, no futuro, as chances do euro se desvaneceram, pois o dólar americano voltou a subir.
Uma nova rodada da espiral de alta da divisa norte-americana foi registrada após o lançamento dos fortes relatórios de inflação dos EUA. Na quinta-feira, 13 de outubro, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou dados sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para setembro. Observe que este indicador aumentou em 0,4% em uma base mensal, embora a expectativa fosse de um aumento de apenas 0,2% em uma base mensal. Ao mesmo tempo, os preços ao consumidor na América subiram 8,2% em setembro, superando a previsão em 8,1%. O aumento dos preços ao consumidor reflete o aumento do custo de moradia, alimentação e cuidados médicos, enfatizam os especialistas. Ao mesmo tempo, o aumento neste indicador é parcialmente compensado pela queda nos preços da gasolina.
De acordo com o relatório, o índice de preços ao consumidor (Núcleo do IPC) nos EUA, excluindo o custo dos alimentos e da energia, aumentou 0,6% em setembro. Ao mesmo tempo, os analistas esperavam que ele aumentasse em 0,5% em uma base mensal. Observe que a taxa de crescimento anual do IPC básico subiu para 6,6%. Um aumento no IPC básico demonstra um aumento no custo de moradia, carros e cuidados médicos, bem como um aumento nas taxas de educação.
O relatório do Departamento do Trabalho dos EUA se concentra no spread da alta inflação em todas as áreas da economia nacional. Nesta situação, o padrão de vida dos americanos caiu bruscamente. Contra este cenário, os cidadãos têm que usar suas poupanças e seus cartões de crédito para conseguir pagar as contas. Ao mesmo tempo, os especialistas esperam uma desaceleração nos preços ao consumidor nos EUA. Entretanto, é pouco provável que a situação atual afete os planos do Federal Reserve para um novo aumento da taxa chave.
Após fortes dados de inflação nos EUA, os rendimentos do dólar e do Tesouro subiram, enquanto os futuros das ações americanas caíram drasticamente. Neste cenário, as expectativas de um novo aumento da taxa de juros do Fed aumentaram. No momento, o banco central está adotando uma estratégia mais favoráveis a um aumento com o objetivo de combater a hiperinflação. Ao mesmo tempo, apesar da desaceleração do mercado de trabalho nos EUA, o departamento pretende continuar a aumentar as taxas de juros. A esta taxa, segundo os analistas do Commerzbank, no primeiro trimestre de 2023, a taxa Fed atingirá um pico de 5%.
Neste contexto, o dólar lidera com confiança, empurrando habitualmente o euro para longe das posições-chave. Segundo os economistas do DBS Bank, o dólar continuará sua tendência de baixa até o final de 2022, e em 2023 atingirá o nível de consolidação. A divisa dos EUA é apoiada por um aumento de longo prazo nas taxas Fed, enfatiza o banco. Como resultado, na sexta-feira, 14 de outubro, o par EUR/USD estava sendo negociado perto de 0,9784. Neste contexto, o dólar permaneceu calmo, e o euro tentou avançar nas posições conquistadas. Ao mesmo tempo, o par permaneceu na faixa atual. Anteriormente, os economistas do Credit Suisse acreditavam que, após fortes dados da inflação americana, o par EUR/USD testaria a marca de 0,9500, mas isso não aconteceu.
Segundo estimativas dos analistas, a inflação atual nos EUA "inverteu novamente os mercados", ameaçando uma nova onda de aperto da retórica do Fed. Na situação atual, traders e investidores esperam os próximos aumentos de taxas, já que altas taxas de inflação não deixam o Fed descansar. Como resultado, o banco central é forçado a estar "em um modo de aperto agressivo", enfatizam os especialistas. De acordo com analistas da Oxford Economics, até o final de 2022, o Fed aumentará as taxas "em pelo menos 125 bps".
A maioria dos analistas (98%) está convencida de que o banco central aumentará a taxa em 75 bps em novembro, até 3,75-4% ao ano. Lembre-se de que este aumento nas taxas pode ser o sexto consecutivo. Anteriormente, após três reuniões do Fed, a taxa foi aumentada em 75 bps adicionais. Ao mesmo tempo, muitos investidores estão confiantes que a inflação central em breve cairá, e o Fed vai suavizar um pouco a sua retórica. Mas, na opinião de especialistas, isto é improvável.
Neste contexto, a moeda norte-americana está se estabilizando, reagindo a um aumento do sentimento de risco a curto prazo, registrado no final da semana. Paralelamente, grandes fundos de hedge ainda apostam no crescimento adicional do dólar americano. A turbulência geopolítica e os temores de uma desaceleração econômica fortaleceram ainda mais o dólar, levando os investidores a abandonar os ativos europeus. Muitos deles ainda consideram o dólar o ativo mais seguro para proteger suas economias.
De acordo com analistas do Citigroup Global Markets Inc, a moeda americana continuará a se fortalecer até que a desaceleração econômica global pare. Se seu crescimento acelerar, ela abrirá mão de suas posições, os especialistas têm certeza. Mas agora isto está longe, e os benefícios de possuir USD superam os riscos atuais, observa o Citigroup.
