O euro e a libra voltaram aos seus máximos mensais depois que o Federal Reserve dos Estados Unidos aumentou as taxas de juros ontem, afirmando que espera uma recessão com um crescimento econômico moderado.
No comunicado do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), foi mencionado que a atividade econômica dos EUA cresceu em um ritmo moderado no primeiro trimestre deste ano, graças a um aumento constante no emprego nos últimos meses. Considerando que a taxa de desemprego continua extremamente baixa, a inflação provavelmente continuará em um nível elevado.
Quanto ao sistema bancário dos EUA, é considerado confiável e estável. Condições mais rigorosas de empréstimo para famílias e empresas certamente colocarão pressão sobre a atividade econômica, o emprego e, o mais importante - a inflação. No entanto, o Fed acredita que a extensão desses efeitos permanece incerta, então o comitê deve continuar prestando atenção aos riscos inflacionários.
Com relação ao sistema bancário, o Fed pode ter ignorado a falência de dois bancos regionais em março deste ano e outro nesta segunda-feira. A PacWest Bancorp é a próxima da lista, com suas ações despencando 54% nesta semana após a notícia de que o banco está explorando opções estratégicas para sair da crise, incluindo uma venda ou levantamento de capital de investidores. A pergunta retórica é se o Fed terá que perder quatro grandes bancos para finalmente parar de aumentar as taxas de juros.
A declaração também informa que o comitê visa alcançar o pleno emprego e uma inflação de 2% a longo prazo. Para apoiar esses objetivos, decidiu-se aumentar a faixa-alvo da taxa de fundos federais para 5%-5,25%, enquanto monitora cuidadosamente as informações recebidas e avalia as implicações para a política monetária. Se necessário, o banco central tomará medidas adicionais de aperto para alcançar a meta de inflação de 2%.
Em relação ao balanço do Fed, o comitê continuará a reduzi-lo, conforme anunciado anteriormente em seus planos.
Quanto às decisões futuras, elas devem considerar uma ampla gama de informações, incluindo dados sobre o estado do mercado de trabalho, pressões inflacionárias, expectativas de inflação, bem como eventos financeiros e políticos.
O resultado da reunião de ontem é uma postura cautelosa do Federal Reserve, sem apertar ainda mais a menos que seja necessário. Embora isso possa não ser um "sinal verde" para os compradores de ativos de risco, especialmente o euro e a libra britânica, ainda é um desenvolvimento positivo, pois o regulador será eventualmente forçado a flexibilizar sua política.
Quanto à perspectiva técnica do EUR/USD, os touros têm uma boa chance de continuar crescendo. Para isso, eles precisam se manter acima da área de 1,1055 e ganhar controle de 1,1095. Isso permitirá que os touros superem o nível de 1,1130 e, em seguida, sigam em direção ao alvo de alta em 1,1170. Se o instrumento cair, eu espero que grandes players do mercado intervenham apenas no nível de 1,1055. Se nada acontecer lá também, vale a pena esperar que o preço teste o mínimo de 1,1025. Caso contrário, é aconselhável abrir posições longas a partir de 1,0990.
No gráfico do GBP/USD, os touros continuam no controle do mercado. Para estender o crescimento, os compradores precisam atingir 1,2600. Uma quebra desse nível possibilitará o retorno do preço a 1,2630. Então, a libra pode se apressar para cima em direção à área de 1,2665. Em caso de queda, os ursos tentarão assumir o controle do nível de 1,2560. Se eles conseguirem e romperem abaixo desse nível, as ordens de stop-loss dos compradores serão acionadas e o par GBP/USD cairá para a mínima de 1,2530 e depois para 1,2490.
