A segunda-feira mostrou-se um dia muito interessante, embora os dois principais instrumentos tenham ficado praticamente estagnados, e o mercado está em um período de pouca atividade. Vários membros do FOMC já se pronunciaram, com alguns outros agendados para falar mais tarde. Além disso, ocorreu uma entrevista com a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde. Nem todos os discursos de representantes de bancos centrais conseguem causar movimentos no mercado, mas não se deve ignorá-los completamente, mesmo que os palestrantes não mencionem nada importante.
Lagarde disse que o BCE cobriu uma parte significativa do caminho para controlar a inflação, mas mencionou que "ainda não terminamos, não estamos parando com base nas informações que tenho hoje". Ela indicou que as medidas mais agressivas já foram tomadas, mas as taxas continuarão a subir. Observe que, no momento, o mercado está esperando mais dois aumentos de um quarto de ponto nas taxas, e essa opinião é quase unânime. O fato de a demanda pelo euro estar caindo em um momento em que é muito provável que o aperto monetário nos Estados Unidos termine, me diz que as mudanças nas taxas da UE já foram consideradas e reproduzidas pelo mercado. Em minha opinião, isso significa que a demanda pelo euro continuará a diminuir, o que é necessário para manter o padrão de onda atual.
Lagarde também destacou o nível atual de inflação, descrevendo-o como "muito alto". Ela expressou preocupação de que a inflação na União Europeia possa permanecer alta por mais tempo do que o atualmente previsto. "Tantas coisas podem dar errado que não podemos dar o que chamamos de orientação futura", disse Lagarde. Assim, o Banco Central Europeu agirá conforme os dados recebidos. Seus colegas têm uma visão semelhante, embora alguns deles tenham uma postura mais hawkish (favorável a medidas de aperto monetário). No entanto, as decisões serão tomadas por maioria de votos, então sugiro mantermos a perspectiva de duas elevações das taxas de juros inalterada.
Se houver notícias de um aumento mais forte nas taxas de juros, poderá impactar o euro de forma favorável. No entanto, pode ser que não tenhamos notícias até três meses depois, quando o Banco Central Europeu implementar seu plano com os dois aumentos. Três meses é tempo suficiente para concluir a formação de um conjunto descendente de três ondas e, em seguida, o instrumento pode entrar em uma nova tendência de alta. Não sou contra a queda do dólar; apenas acredito que o contexto de notícias deve corresponder ao que está acontecendo no mercado.
Em relação à libra esterlina, a situação é semelhante. O Banco da Inglaterra já elevou as taxas de juros 12 vezes e é improvável que esse processo dure por muito tempo. Portanto, não devemos esperar que a libra suba no futuro próximo. No momento, não vejo motivo para mudar a estrutura de ondas atual para ambos os instrumentos. Antecipo uma queda.
Com base na análise realizada, concluo que a fase de tendência de alta está concluída. Por isso, recomendaria a venda neste ponto, pois o instrumento tem espaço suficiente para queda. Acredito que os alvos próximos de 1,0500-1,0600 são muito realistas. Com esses alvos em mente, aconselho a venda do instrumento em reversões de baixa do indicador MACD.
O padrão de ondas do par GBP/USD indica há algum tempo a formação de uma nova onda de tendência de baixa. A onda b pode ser muito profunda, já que todas as ondas têm sido recentemente iguais. A primeira onda da fase de alta pode se tornar ainda mais complicada. A falta de uma quebra do nível de 1,2615, que corresponde a 127,2% de Fibonacci, indica a disposição do mercado para vender, enquanto uma tentativa bem-sucedida de romper o nível de 1,2445, equivalente a 100,0% de Fibonacci, confirma esse sinal.
