Como esperado, o Fed deixou as taxas de juros inalteradas em junho, mas anunciou possíveis aumentos das taxas até o final do ano. O motivo é que a inflação continua longe do nível da meta de 2%, embora as previsões tenham dito que ela desacelerará para 3,2% este ano.
O novo indicador de meta do Fed para as taxas de juros - 5,6% - implica em mais dois aumentos de 0,25% cada este ano. 9 dos 18 membros disseram que veem a taxa básica final no nível de 5,6%, significativamente maior do que os atuais 5,25%. A previsão do PIB para 2023 também aumentou de 0,4% para 1,0%.
Sem dúvida, parece que o Fed permitirá que a inflação diminua gradualmente sob a ameaça de novos aumentos. Essa declaração se assemelha a uma intervenção verbal, que o Fed usou ativamente nas décadas anteriores quando queria conter o otimismo excessivo dos investidores, evitando assim a formação de bolhas financeiras especulativas.
Sem surpresa, os rendimentos dos títulos públicos de 2 e 10 anos flutuaram ontem e continuaram a subir hoje. No entanto, ainda não está claro se eles continuarão a subir até os níveis observados em março deste ano, já que o mercado levará algum tempo para digerir a decisão do Fed antes que ela comece a entrar em vigor.
Em termos do índice do dólar ICE, houve um declínio ontem, mas um leve crescimento pode ser visto hoje, refletindo as dúvidas mencionadas acima sobre a real continuação dos aumentos das taxas em um futuro próximo.
Previsões para hoje:
EUR/USD
O par mostra poucos movimentos em antecipação ao resultado da reunião de política monetária do BCE. Outro aumento da taxa e declarações mais incisivas de Christine Lagarde empurrarão a cotação ainda mais para 1,0860 e 1,0915.
XAU/USD
O ouro é negociado em uma faixa relativamente estreita de 1933,75-1983,75 por quase um mês. Uma queda abaixo do limite inferior levará a cotação para 1912,00.
