O euro caiu ao receber a notícia de que o Banco Central Europeu concluiu sua série de aumentos nas taxas de juros, apesar dos riscos inflacionários iminentes. Esses riscos decorrem do aumento dos preços dos ativos do mercado de petróleo e do conflito em andamento entre Israel e o HAMAS.
Foi anunciado que a taxa de referência permanece inalterada em 4,5%, após uma série de 10 aumentos consecutivos iniciados em julho de 2022. A taxa de depósito também se mantém estável em 4,0%. O Conselho do BCE destacou que os dados recentes sobre o crescimento dos preços confirmam sua previsão de inflação de médio prazo de 2,1%. O comunicado explica: 'A expectativa é que a inflação persista em níveis elevados por um período prolongado, acompanhada por pressões internas sobre os preços. No entanto, houve uma notável desaceleração da inflação em setembro, em parte atribuída a uma queda nas métricas principais.'"
"Essa decisão já era amplamente esperada, com uma probabilidade de 98%, portanto, não houve um aumento significativo da volatilidade. Os investidores interpretaram a decisão de hoje como dovish, visto que o BCE afirmou que as taxas atingiram um ponto que contribui significativamente para o combate à inflação. No entanto, as decisões futuras do Conselho do BCE ainda dependerão dos dados."
"As autoridades do BCE reforçaram sua posição de que as taxas provavelmente permanecerão nesses níveis por um período consideravelmente mais longo do que o previsto anteriormente. Ao mesmo tempo, enfatizaram que um choque inflacionário poderia levá-los a efetuar um novo aumento da taxa. Essas declarações foram elaboradas para atenuar as expectativas do mercado em relação a uma queda iminente nas taxas."
"Claramente, um choque no preço do petróleo poderia levar o BCE a considerar outro aumento, exigindo que o banco central mantenha uma política monetária suficientemente rigorosa. Isso se alinha com suas atuais projeções de inflação: 5,6% para este ano, 3,2% para o próximo e 2,1% a médio prazo.
Um fator crucial na decisão de hoje contra o aumento da taxa foi a persistente fraqueza na atividade empresarial, com dados divulgados no início desta semana e previsões de crescimento modestas, fixadas em 0,7% para 2023 e 1% para 2024, também influenciando essa decisão.
Durante seu discurso de hoje, é esperado que a Presidente do BCE, Christine Lagarde, destaque a necessidade de preparação dos bancos centrais e do mercado para um período prolongado de taxas de juros elevadas. Isso deixa implicitamente a porta entreaberta para possíveis aumentos de taxas no futuro.
Para recuperar o controle, os compradores devem garantir que o par de moedas permaneça acima de 1,0530, preparando o terreno para um movimento em direção a 1,0560. A partir daí, um novo impulso em direção a 1,0590 é possível, embora alcançá-lo sem um apoio substancial dos principais participantes do mercado possa ser um desafio. O alvo final parece ser o pico de 1,0620. Por outro lado, qualquer queda poderia ver uma forte demanda em torno da marca de 1,0530. Na ausência de compradores substanciais, seria prudente aguardar uma atualização da baixa de 1,0490 ou considerar o início de posições longas a partir de 1,0470.
A demanda pelo par provavelmente será reavivada quando o suporte próximo a 1,2070 for defendido. Qualquer fortalecimento adicional do GBP/USD dependerá principalmente de manter o controle acima do nível 1,2100. O estabelecimento dessa faixa renovaria as esperanças de uma recuperação para 1,2140, após o qual as discussões poderiam se voltar para um impulso ascendente mais agressivo da libra para 1,2170. Se o par enfrentar um declínio, os ursos disputarão o controle sobre o nível 1,2070. Se bem-sucedidos, o rompimento dessa faixa colocará em risco as posições de alta e possivelmente levará o GBP/USD a cair, no mínimo, para 1,2040, com vistas ao nível 1,2010 depois disso.
