No par libra/dólar, a análise de ondas permanece relativamente simples e clara. A formação de um novo segmento de tendência de queda continua, com a primeira onda apresentando uma extensão notável. Em minha opinião, não vejo base para a moeda britânica retomar uma tendência de alta, e portanto, não considero esse cenário. A suposta onda 1 ou a parece estar completa. A onda 2 ou b do euro atualmente apresenta uma estrutura de cinco ondas, enquanto a libra exibe uma forma de três ondas. Portanto, a análise das ondas de ambos os pares sugere uma possível retomada do declínio, que é o que eu estava esperando. No caso da libra, a onda 2 ou b deveria ter uma forma mínima de três ondas.
Embora a libra tenha dado sinais de abandonar o cenário com a construção da onda 2 ou b nas últimas duas semanas, o padrão de ondas agora parece sólido e convincente. Portanto, uma queda nas cotações pode começar em um futuro próximo ou talvez já tenha começado. A suposta onda 3 ou c pode ser bastante extensa, com níveis-alvo entre 1,17 e 1,18 como mínimo.
O economista-chefe do Banco da Inglaterra decepcionou os mercados.
A taxa de câmbio do par libra/dólar caiu mais 40 pontos base nesta quarta-feira. A análise de onda atual indica esse movimento, e o histórico de notícias fracas justifica plenamente a baixa amplitude do par. No entanto, não é apenas a análise de onda que favorece uma diminuição na demanda pela libra. Na terça-feira, o economista-chefe do Banco da Inglaterra, Hugh Pill, sugeriu que a taxa de juros pode ser reduzida no primeiro semestre do próximo ano. Os mercados provavelmente não receberam essa notícia com entusiasmo, pois é um fator de baixa para a libra. Hoje, o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, fez um discurso e não refutou as palavras de Pill.
O mercado esperava que a política monetária pudesse ser flexibilizada no próximo ano, uma vez que o Federal Reserve e o Banco Central Europeu também estão sinalizando esse cenário. Nesse cenário, não há nada de estranho, exceto por um pequeno detalhe.
O Banco da Inglaterra ainda espera que a inflação desacelere para 5% até o final deste ano. E se ela não diminuir até esse ponto? Nos últimos dois meses, o índice de preços ao consumidor quase não desacelerou, estando atualmente em 6,7% em relação ao ano anterior. Portanto, para outubro, novembro e dezembro, a inflação deve diminuir em 1,7% em termos anuais. Além disso, o crescimento dos salários continua próximo de seu pico, o que complica o processo de desaceleração do crescimento dos preços. Dúvido que a meta de 5% possa ser atingida até o final do ano, mas, de qualquer forma, a discussão agora é sobre um corte na taxa, não um aumento. Nas duas últimas reuniões do Banco da Inglaterra, a decisão foi não aumentar a taxa, o que pode marcar o início de um cenário dovish que pode durar alguns anos. Com base em tudo o que foi dito acima, acredito que a demanda pela libra continuará a diminuir.
Conclusões Gerais:
O padrão de onda do par libra/dólar sugere um declínio dentro da estrutura do segmento de tendência de baixa. O máximo que a libra pode esperar é uma correção. Neste ponto, já posso recomendar a venda do par com alvos abaixo do nível 1,2068, já que a onda 2 ou b acabou assumindo uma forma convincente e provavelmente está concluída. Inicialmente, as vendas não devem ser expressivas, pois sempre há o risco de complicar a onda existente.
Em uma escala de onda maior, o quadro é semelhante ao do par euro/dólar, mas ainda há algumas diferenças. O segmento correcional descendente da tendência continua sua construção, e sua primeira onda já assumiu uma forma estendida e não está claramente relacionada ao segmento ascendente anterior da tendência.
