A China tem estado ativamente envolvida no mercado do ouro, consistentemente reforçando suas reservas mensalmente nos últimos 12 meses. No entanto, segundo Dominic Frisby, fundador da FlyingFrisby.com, os números oficiais estão longe de refletir os volumes reais das compras de ouro pela China. De acordo com o World Gold Council, os dados mais recentes indicam que o banco central da China adquiriu aproximadamente 23 toneladas de ouro em outubro, elevando as reservas totais para 2.215 toneladas.
Nos últimos tempos, o governo chinês tornou-se um dos maiores detentores de reservas de ouro, e é provável que o ano atual seja mais um ano recorde para as compras de ouro pelos bancos centrais. Apesar de a China já liderar na acumulação de ouro, os números reais são muito mais substanciais. Em uma entrevista com Michelle Makori na Conferência de Investimentos de Nova Orleans, Frisby enfatizou, com base em sua ampla pesquisa, que as reservas de ouro da China são provavelmente dez vezes maiores do que as divulgadas, e a matemática é simples. As notícias transmitem sutilmente a excepcional ambição da China.
Frisby destacou que a China é o maior produtor e importador de ouro do mundo, seguindo o lema do país de "Não devemos brilhar demais". Somente neste século, a China extraiu cerca de 7.000 toneladas de ouro, com mais de 50% da produção de ouro pertencente ao Estado, mas sem exportação do ouro extraído, mantendo-o dentro do país.
Quanto às importações, não há clareza sobre a quantidade de ouro que a China trouxe da Suíça, de Dubai ou de Londres. Entretanto, é possível aplicar um raciocínio lógico. Por exemplo, grande parte do ouro que entra na China passa pela Bolsa de Ouro de Xangai. Os dados sugerem que 22.000 toneladas de ouro foram retiradas da Bolsa de Ouro de Xangai neste século. Isso somado aos 7.000 toneladas extraídas e mais 4.000 toneladas que já estavam na China em 2000 e pertenciam ao Estado totalizam 29.000 toneladas.
Baseado nisso, Frisby calculou que a China possui no mínimo 33.000 toneladas de ouro, sendo possivelmente a metade de propriedade do Estado. Segundo ele, 16.500 toneladas é o dobro do que os Estados Unidos possuem.
Em sua visão, se a China afirmar aos EUA que possui o dobro do ouro deles, isso equivaleria a declarar guerra. E se a China entrar em conflito com os EUA, usará o dinheiro como arma. Frisby também considerou a possibilidade de a China adotar um padrão-ouro no país, lastreando sua moeda com ouro.
Frisby prevê que no próximo ano, os preços do ouro ultrapassarão US$ 3.000, enquanto o Bitcoin dobrará e alcançará US$ 100.000.
No final de outubro, o mercado de ouro ultrapassou o nível de $2.000 por onça.
Bitcoin se aproxima de $38,000.
Frisby vê com otimismo ambos os ativos para o próximo ano, observando que o impulso do ouro está crescendo, e o metal precioso pode chegar a US$ 2.700 e possivelmente até ultrapassar US$ 3.000.
Quanto ao Bitcoin, em meio ao frenesi de aprovação especulativa de um ETF de Bitcoin à vista, o Bitcoin pode voltar a testar suas máximas históricas anteriores de US$ 69.000 e depois crescer para US$ 100.000. Se o Bitcoin atingir novos máximos acima de US$ 70.000 e o ouro atingir novos máximos acima de US$ 2.100, não haverá resistência. E se houver dinheiro institucional suficiente e frenesi especulativo, o Bitcoin pode facilmente chegar a US$ 100.000.