No caso do par libra/dólar, a análise de ondas permanece bastante simples e clara. A construção de uma nova seção de tendência de baixa prossegue, e sua primeira onda assumiu uma forma bastante prolongada. Não há razão para a libra esterlina retomar a seção de tendência de alta, então nem mesmo considero esse cenário. A suposta onda 1 ou a parece estar completa. Em relação ao euro, a onda 2 ou b já formou uma estrutura de cinco ondas, enquanto a libra adotou uma estrutura de três ondas. Dessa forma, para ambos os pares, as análises de ondas atualmente sugerem a retomada do declínio. Este é o momento que estava aguardando. Para a libra esterlina, a estrutura da onda 2 ou b precisaria assumir pelo menos uma forma de três ondas para que sua conclusão fosse esperada.
O padrão de ondas atual parece promissor e convincente. Se não fosse pelo relatório de inflação dos EUA na semana passada, já teríamos visto uma continuação do declínio do par e estaríamos ainda mais convencidos da transição para a construção da onda 3 ou c. As estatísticas dos EUA neste mês foram muito decepcionantes, retardando a construção de uma onda corretiva.
Não houve relatórios significativos, mas houve notícias que favoreceram a libra. A taxa de câmbio do par libra/dólar teve um pequeno aumento na terça-feira. A demanda pela libra esterlina está crescendo lentamente, conferindo-lhe uma valorização decente em comparação com o dólar. Apesar da ausência de relatórios tanto nos EUA quanto no Reino Unido nos últimos dias, o mercado continuou a encontrar razões para aumentar a demanda pelo par. O cenário principal ainda aponta para a conclusão da construção da onda 2 ou b, seguida por um declínio significativo. Entretanto, é importante reconhecer que a onda 2 ou b pode ter praticamente qualquer extensão.
Hoje, um dos membros da diretoria do Banco da Inglaterra, Dave Ramsden, realizou um discurso perante o Comitê do Tesouro do Parlamento do Reino Unido. Durante sua fala, Ramsden destacou a possibilidade de uma manutenção das taxas de juros elevadas por um período considerável. Ele também não descartou a perspectiva de futuras medidas de aperto na política monetária, mantendo a redação anterior de "se necessário". Ele ressaltou os desafios enfrentados pela economia britânica, que tiveram início com o Brexit, persistiram durante a pandemia e agora estão associados ao custo elevado dos empréstimos. Ramsden referenciou várias pesquisas domiciliares, que indicam que os cidadãos britânicos esperam uma inflação sustentada acima da meta estipulada.
A indicação de que o Banco da Inglaterra continua considerando novos apertos pode reforçar a demanda pela libra esterlina. Contudo, o mercado já está familiarizado com essas informações há algum tempo. Em paralelo, em certos casos, o BCE também está avaliando novas medidas de aperto, assim como o Fed. Na prática, a inflação no Reino Unido caiu para menos de 5%, e se continuar a diminuir até o final do ano, pode não haver necessidade de novos apertos.
Conclusões gerais.
O padrão de ondas do par libra/dólar indica uma tendência de baixa contínua. O potencial máximo para a libra esterlina parece ser uma correção. Recomendo a venda do par com alvos abaixo do nível 1,2068, pois a conclusão da onda 2 ou b é iminente. Inicialmente, as vendas devem ser moderadas devido ao risco de complicar a onda atual.
O cenário se assemelha ao do par euro/dólar em uma escala de ondas mais ampla, mas ainda existem algumas distinções. A seção de tendência corretiva descendente continua se desenvolvendo, e sua primeira onda já tomou uma forma prolongada, distinta da seção de tendência ascendente anterior.
