Na sexta-feira passada, o ouro alcançou sua marca histórica pela primeira vez em um mês, encerrando o dia acima dos US$ 2.000. Contribuíram para esse feito dados positivos de inflação e observações "dovish" (favoráveis a políticas monetárias mais brandas) de membros do Federal Reserve.
Segundo a pesquisa semanal mais recente sobre o ouro, os investidores de varejo mantêm uma perspectiva otimista para a semana atual. Uma pequena maioria dos analistas de mercado também demonstra otimismo em relação às perspectivas de curto prazo do metal amarelo. Adrian Day, presidente da Adrian Day Asset Management, mantém uma posição neutra, prevendo que os preços permaneçam estáveis durante a semana.
Adam Button, chefe de estratégia cambial do Forexlive.com, acredita que a iminência de cortes nas taxas e a forte influência do dólar americano sobre o ouro podem levar a uma retração do dólar, o que poderia apoiar a recuperação do metal precioso.
Mark Leibovit, editor da VR Metals/Resource Letter, mantém um otimismo contínuo em relação ao ouro devido à fraqueza persistente do dólar americano. No entanto, Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank, prevê uma queda nos preços do ouro nesta semana, sugerindo que uma correção para o nível de 2010 pode ocorrer antes de uma recuperação no final do ano.
Everett Millman, analista-chefe de mercado da Gainesville Coins, mantém a perspectiva de um aumento sazonal nos preços do ouro devido à alta recente. Por outro lado, Colin Cieszynski, estrategista-chefe de mercado da SIA Wealth Management, acredita que o ouro pode perder parte de seus ganhos recentes ao longo desta semana.
Darin Newsom, analista sênior de mercado do Barchart.com, permanece otimista em relação às perspectivas do ouro.
Na última semana, 15 analistas de Wall Street participaram de uma pesquisa. Dentre eles, oito, representando 53%, preveem um aumento nos preços do ouro. Cinco analistas, equivalendo a 33%, preveem uma queda, enquanto dois analistas, ou 13%, permanecem neutros.
Uma pesquisa online, com 763 votos, mostra que os participantes do mercado continuam tão otimistas quanto nas duas últimas semanas. Dos votantes, 495 investidores de varejo, ou 65%, esperam um aumento nos preços. Outros 155, ou 20%, preveem uma queda, enquanto 114 investidores, ou 15%, são neutros.
Nesta semana, os dados de emprego serão predominantes, com os dados de vagas de emprego do setor privado da ADP programados para terça-feira, o relatório semanal sobre pedidos de subsídio de desemprego na quinta-feira e os dados de emprego não agrícola para novembro na sexta-feira. Além disso, é preciso prestar atenção na pesquisa de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan e no PMI de serviços do ISM.
