Nas últimas seis sessões de mercado, a demanda por moedas europeias tem se reduzido consistentemente. Este é um movimento legítimo, considerando a análise da tendência atual e o panorama das notícias recentes, sugerindo uma possível queda do euro. É importante ressaltar que o recente aumento no par foi uma onda corretiva, alcançando atualmente cerca de 61,8% de retração, conforme delineado pela teoria de Fibonacci. Níveis próximos a 61,8% geralmente indicam o término de uma onda corretiva. Embora a onda 2 ou b possa assumir uma forma mais complexa e prolongada, isso costuma ocorrer quando os fundamentos das notícias se contradizem com a análise técnica. Contudo, atualmente, o cenário das notícias não favorece o euro, e aqui está o motivo.
Em primeiro lugar, os relatórios econômicos provenientes da União Europeia têm sido menos favoráveis em comparação com os dos Estados Unidos. Se os relatórios americanos do último mês já ficaram aquém das expectativas do mercado, os relatórios da União Europeia geralmente estão abaixo do zero. Um exemplo claro disso são os recentes dados do PIB da UE e da produção industrial da Alemanha, divulgados hoje. Este fator, por si só, indica que não há motivos evidentes para um aumento na demanda pelo euro.
Além disso, um número cada vez maior de membros da Diretoria Executiva do BCE está falando sobre a redução das taxas de juros em 2024. Lembro que a inflação na UE já caiu para 2,4%, portanto, o regulador não precisa mais considerar um novo aperto. Mesmo que o índice de preços ao consumidor aumente ligeiramente, isso não será motivo para um novo aperto.
Um dos membros do Conselho do BCE, Isabel Schnabel, disse ontem que preferiria esperar seis meses ou um ano para fazer previsões para a política monetária, já que houve surpresas no passado que não puderam ser previstas com antecedência. Ela afirmou que o BCE ainda se baseia em estatísticas econômicas para tomar decisões, mas os dados mais recentes sobre a inflação tornam improvável um aperto maior. Schnabel também observou que o núcleo da inflação está diminuindo mais rapidamente do que ela supunha, mas o crescimento dos preços na Europa pode se acelerar nos próximos meses. De acordo com Schnabel, as taxas ainda precisam ser aumentadas, mas não serão consideradas até que os dados estatísticos permitam expectativas de aperto.
Com base na análise, concluo que a formação de um grupo de ondas descendentes continua. Os alvos próximos à marca de 1,0463 foram perfeitamente definidos, e a tentativa malsucedida de ultrapassar essa marca indicou uma transição para a construção de uma onda corretiva. A onda 2 ou b tomou uma forma completa, portanto, em um futuro próximo, espero a construção de uma onda impulsiva descendente 3 ou c com um declínio significativo no par. Ainda recomendo vender com alvos abaixo da mínima da onda 1 ou a. No momento, a onda 2 ou b pode ser considerada completa.
Neste momento, recomendo vender o par com alvos abaixo da marca de 1,2068, porque a onda 2 ou b deve, eventualmente, ser concluída, e pode terminar a qualquer momento. Quanto mais tempo demorar, mais forte será o declínio da libra. O triângulo de contração é um precursor da conclusão do movimento.