Nesta semana, estão agendadas reuniões de todos os bancos centrais, e isso é de grande interesse para nossa análise dos pares EUR/USD e GBP/USD. Como mencionei no fim de semana passado, a reunião do Federal Reserve (FRS) deve despertar o maior interesse, considerando que é o banco central do país detentor da maior economia do mundo. O dólar é a moeda mais utilizada globalmente, o que o torna sempre objeto de atenção especial por parte do mercado.
O que esperar do FOMC na última reunião do ano? Na minha opinião, não devemos esperar nada de significativo. As previsões serão atualizadas e isso marcará o fim dos eventos relevantes. É improvável que Jerome Powell sinalize o início iminente de uma mudança na política monetária, e a taxa de juros, com uma probabilidade quase de 100%, não será modificada. Aliás, as expectativas de manutenção da taxa não são apenas minhas. A conhecida ferramenta CME FedWatch indica que ninguém no mercado acredita em uma mudança na taxa para dezembro.
Os analistas do Goldman Sachs anunciaram uma revisão em suas previsões sobre o início da política de flexibilização do Fed. Anteriormente, supunham o primeiro corte na taxa de juros no quarto trimestre do próximo ano; agora, alteraram a previsão para o terceiro trimestre. Observaram também que os dados recentes de inflação são 'muito encorajadores', resultando na redução de suas projeções para o núcleo da inflação. É amplamente conhecido que a queda na inflação diminui a necessidade do órgão regulador em manter as taxas altas, dado o efeito restritivo sobre a economia. Enquanto se priorizava o combate à inflação, o crescimento econômico poderia ser sacrificado. Agora, com a inflação se aproximando da meta, o órgão regulador não precisa mais exercer um efeito de arrefecimento sobre a economia.
No entanto, se essa mudança ocorrer um trimestre antes ou depois, não terá grande impacto no dólar, euro ou libra. No próximo ano, o BCE e o Banco da Inglaterra também pretendem reduzir suas taxas, deixando as três moedas em condições semelhantes. Admito que não devemos esperar grandes movimentos nesta semana, pois nenhum dos três bancos centrais deve tomar decisões impactantes. Embora o relatório de inflação seja sempre interessante, até mesmo esse pode se tornar monótono.
Com base na análise realizada, concluo que a formação de um conjunto de ondas de baixa está em curso. Os alvos próximos à marca de 1,0463 foram alcançados com precisão, e a tentativa malsucedida de ultrapassar essa marca indica uma possível transição para a formação de uma onda corretiva. Acredito que a onda 2 ou b tenha atingido sua forma completa, e aguardo a construção de uma onda impulsiva descendente 3 ou c, resultando em uma queda significativa do par em breve. Continuo a recomendar a venda, visando níveis abaixo do mínimo da onda 1 ou a. Neste momento, a onda 2 ou b pode ser considerada completa.
Quanto ao padrão de onda do par libra/dólar, ele sugere um declínio dentro da tendência de baixa. A libra, no máximo, pode esperar uma correção. Por isso, minha recomendação é a venda do par, com metas abaixo do nível 1,2068, uma vez que a onda 2 ou b está próxima de sua conclusão, podendo ser finalizada a qualquer momento. Quanto mais tempo essa conclusão demorar, mais forte será a queda da libra. O estreitamento do triângulo indica a iminência da conclusão do movimento.
