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FX.co ★ Mercados em tumulto: Dow despenca, ouro sobe, Trump aumenta a tensão

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Analysis News:::2025-04-08T15:25:11

Mercados em tumulto: Dow despenca, ouro sobe, Trump aumenta a tensão

Mercados em tumulto: Dow despenca, ouro sobe, Trump aumenta a tensão

Mercados em turbulência: Wall Street recua em meio a temores de tarifas e recessão

Os índices das bolsas norte-americanas encerraram o pregão desta segunda-feira em queda, após uma sessão marcada por fortes oscilações. Investidores demonstram cautela diante dos sinais de desaceleração econômica e do aumento dos riscos inflacionários, agravados pela retórica agressiva do governo em relação ao comércio internacional.

Trump não recua: tarifas voltam ao centro das atenções

O principal gatilho para a onda de vendas foi uma nova série de declarações do presidente Donald Trump sobre a imposição de tarifas em larga escala. Em discurso noturno na quarta-feira, ele anunciou planos para taxar todas as importações dos Estados Unidos, além de aumentar ainda mais as alíquotas aplicadas a alguns parceiros comerciais estratégicos.

Pressão sobre a China aumenta

Insatisfeito com as medidas já implementadas, Trump prometeu endurecer ainda mais as sanções contra a China, mencionando a possibilidade de tarifas adicionais de até 50%. A declaração alarmou os mercados, levando muitos investidores a reavaliar suas estratégias.

Volatilidade descontrolada e volume recorde

A segunda-feira foi o segundo dia consecutivo de volumes de negociação anormalmente altos nas bolsas americanas. Os três principais índices — S&P 500, Dow Jones e Nasdaq — despencaram pela manhã, atingindo os menores níveis em mais de um ano. Após uma breve recuperação, impulsionada por uma interpretação otimista sobre as tarifas, o mercado voltou a cair, incapaz de sustentar o fôlego.

Índice de medo dispara

O índice de volatilidade CBOE VIX — conhecido como o "termômetro do medo" de Wall Street — ultrapassou a marca psicológica dos 60 pontos durante o pregão, alcançando o maior patamar desde agosto de 2024. Apesar de ter recuado ligeiramente ao fim do dia, fechou em 46,98 pontos — o maior fechamento em cinco anos.

Investidores em pânico: Dow e S&P caem, trilhões evaporam

O dia foi doloroso para Wall Street. O Dow Jones caiu 349 pontos, encerrando a 37.965,60 — uma baixa de 0,91%. O S&P 500 recuou 11,83 pontos (–0,23%), fechando em 5.062,25. Apenas o Nasdaq, mais exposto ao setor de tecnologia, conseguiu se manter positivo, com alta modesta de 0,10%, aos 15.603,26.

Pior queda desde 2020

Desde o anúncio das novas tarifas, os mercados acumulam perdas significativas. Em apenas dois dias úteis, o S&P 500 caiu 10,5% e o valor de mercado das empresas encolheu cerca de US$ 5 trilhões — o pior desempenho em dois dias desde o colapso provocado pela pandemia, em março de 2020.

Dow entra em correção; Nasdaq em mercado de baixa

A situação acendeu o sinal de alerta. Na sexta-feira, o Dow Jones entrou oficialmente em território de correção, ao recuar mais de 10% em relação aos recordes de dezembro. O Nasdaq caiu ainda mais — mais de 20% desde sua máxima histórica — o que caracteriza tecnicamente um mercado de baixa.

Expectativas frustradas: alívio temporário se desfaz

A sessão desta segunda-feira começou com fortes perdas, mas um rumor sobre o possível adiamento de 90 dias na aplicação das novas tarifas levou a uma rápida alta de mais de 3%. A notícia animou os investidores, que correram para comprar ativos de risco. No entanto, a euforia durou pouco: a Casa Branca desmentiu oficialmente a informação, e os índices voltaram a desabar.

Setor imobiliário lidera as perdas

O setor imobiliário foi o mais impactado no pregão, com queda de 2,4% — a maior entre os 11 segmentos do S&P 500. A retração foi atribuída ao aumento das taxas hipotecárias e à crescente incerteza quanto ao futuro do setor comercial, em meio ao cenário econômico turbulento.

Comunicações e tecnologia: raros destaques positivos

Em meio ao pessimismo generalizado, apenas dois setores encerraram o dia no azul. Os serviços de comunicação lideraram com alta de 1%, enquanto o setor de tecnologia avançou 0,3%, recuperando-se parcialmente após a forte queda da semana anterior.

Apple e Tesla caem; Nvidia e Amazon surpreendem

Entre as gigantes, o desempenho foi misto. Apple recuou 3,7%, pressionada por temores sobre demanda. Tesla caiu 2,6%. Em contrapartida, Nvidia avançou mais de 3%, sustentada pela forte demanda por chips, e Amazon subiu 2,5% diante de projeções otimistas para o e-commerce.

Europa tenta se recuperar

Após perdas de quase 12% em apenas três dias, os mercados europeus buscaram uma reação. Na manhã de terça-feira, os futuros apontavam para uma possível recuperação superior a 3%. No entanto, a cautela permanece, já que as ameaças tarifárias de Washington continuam pairando sobre os investidores do outro lado do Atlântico.

Mercado americano tenta se equilibrar

Apesar da queda, a sessão de segunda-feira foi vista por alguns analistas como um alívio temporário, após o colapso dos dias anteriores. Ainda assim, os mercados seguem atentos a qualquer novo desdobramento no cenário político e econômico.

VIX em alerta máximo

O VIX, considerado o barômetro da incerteza, voltou a se destacar como símbolo da instabilidade. Com picos acima de 60 pontos — nível raro mesmo em tempos de crise —, o índice evidencia o nervosismo crescente entre os participantes do mercado e reforça a fragilidade do atual ambiente financeiro.

Pivô Asiático: Japão sai na frente

Enquanto os mercados ocidentais ainda digerem o recente choque, os asiáticos começam a dar sinais de estabilidade. O Japão se destaca nesse cenário, apresentando um crescimento notável e mantendo o interesse constante dos investidores, apesar da turbulência global. A Terra do Sol Nascente parece pronta para assumir o papel de porto seguro em meio ao caos econômico mundial.

Retórica comercial ou estratégia? Tarifas de Trump podem ser prelúdio para negociações

Apesar do endurecimento da política comercial de Washington, surgem sinais de que as ameaças tarifárias de alto impacto podem ser apenas o ponto de partida para uma diplomacia mais flexível. Um indicativo disso é a nomeação do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, como chefe da delegação que viajará a Tóquio nos próximos dias para discutir acordos comerciais. A movimentação sugere que, mesmo com o tom agressivo, a Casa Branca está aberta ao diálogo.

Ásia dividida: Japão ganha, Taiwan e Sudeste Asiático perdem

O cenário geográfico asiático mostra contrastes cada vez mais acentuados. O índice japonês TOPIX disparou 6%, refletindo o interesse por economias estáveis. Em forte contraste, Taiwan enfrentou queda significativa: o índice TWII caiu 5%, impactado por uma tarifa de 32% sobre semicondutores — seu principal item de exportação.

Mercados emergentes asiáticos também sentiram fortemente a pressão tarifária. O índice SETI, da Tailândia, caiu para o menor nível em cinco anos, enquanto o mercado de ações da Indonésia recuou 9% após reabrir, após uma semana de feriado — impactado por uma rupia historicamente fraca. Economias altamente dependentes da exportação enfrentam agora um cenário de grande instabilidade.

Ouro volta à moda: corrida por porto seguro

Com a instabilidade global crescente, o ouro voltou a atrair a atenção dos investidores como proteção contra riscos. Apesar de ter atingido seu menor valor desde 13 de março na segunda-feira, iniciou uma recuperação consistente na terça. O temor de uma escalada na guerra comercial e a busca por preservação de capital impulsionam a demanda pelo metal precioso.

Todos os olhos voltados para o Fed: mercados aguardam sinais

O foco dos investidores agora se volta à ata da reunião do Federal Reserve, prevista para quarta-feira. O documento pode trazer pistas sobre os próximos passos da política monetária dos EUA, especialmente diante dos riscos externos e da instabilidade comercial. Caso haja indícios de mudanças na postura do Fed, a busca por ativos de proteção — como o ouro — tende a aumentar.

Ouro volta a subir com busca por segurança

Em meio à tensão geopolítica e à volatilidade dos mercados, o ouro voltou a ganhar força. Na manhã de terça-feira (03h40 GMT), o ouro à vista subia 0,5%, sendo cotado a US$ 2.996,60 por onça. O movimento positivo veio após uma queda pontual na segunda-feira, quando atingiu seu menor valor desde 13 de março.

Futuros disparam: barreira psicológica superada

Os contratos futuros de ouro nos EUA apresentaram alta ainda mais acentuada: na manhã de terça-feira, avançaram 1,3%, ultrapassando os US$ 3.010,70 por onça. O salto reflete uma movimentação clara dos investidores em busca de proteção contra novos choques nos mercados globais.

Recorde histórico ainda no radar

Apesar da recente correção, o ouro segue no foco dos analistas. Há apenas uma semana, em 3 de abril, o metal atingiu seu recorde histórico de US$ 3.167,57 por onça. O renovado interesse nos metais preciosos pode indicar um aumento generalizado da aversão ao risco nos mercados.

Outros metais: movimentos mistos

Em meio ao rali do ouro, outros metais preciosos apresentaram desempenhos variados. A prata recuou 0,1%, fechando a US$ 30,09 por onça. A platina subiu 1,3%, chegando a US$ 925,35, enquanto o paládio teve queda de 0,3%, cotado a US$ 915,80.

Analyst InstaForex
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