Donald Trump venceu as eleições presidenciais dos EUA. O euro registrou uma queda de 204 pips, enquanto o índice do dólar se valorizou em 1,67%. Esse movimento não é surpreendente; durante as vitórias de Obama, o mercado respondeu de forma ainda mais enérgica. Anteriormente, assumíamos que o euro apresentaria uma alta especulativa, independentemente de Harris ou Trump vencerem. No entanto, o resultado foi o oposto — o euro recuou. Agora acreditamos que ele teria caído mesmo que Harris tivesse vencido.
As eleições já são passado e não influenciam a estratégia de longo prazo para o dólar, que aponta para fortalecimento. O euro está em uma trajetória descendente de longo prazo em direção à faixa de 0,72–0,75. O próximo alvo nesse cenário de longo prazo é 1,0385, correspondente à linha de suporte mais próxima do canal de preços vermelho e ao limite inferior do canal de preços verde no gráfico semanal.
Hoje, espera-se que o Federal Reserve reduza as taxas em 0,25%. Os mercados já precificaram esse corte moderado, e o Fed provavelmente não contrariará essas expectativas. Como resultado, a queda do euro pode ser interrompida temporariamente, proporcionando ao mercado um breve alívio.
A convergência emergente — ainda não totalmente formada — entre o preço e o oscilador Marlin sugere uma possível pausa, com o nível de 1,0777 atuando como resistência.
Outro fator que também está limitando o avanço do dólar é o crescimento do mercado de ações e o aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. Ontem, o rendimento dos títulos de 5 anos subiu de 4,14% para 4,27%.
No gráfico 4H, o oscilador Marlin está em território profundamente sobrevendido. Se o preço permanecer na faixa de 1,0724–1,0777 por um a três dias, o Marlin poderá se recuperar, preparando-se para uma nova queda. Estamos aguardando o resultado da reunião do FOMC, e movimentos especulativos não estão descartados, uma vez que os níveis de stop-loss dos vendedores de euro estão especialmente atraentes.