O ouro atraiu compradores pelo quarto dia consecutivo.
A tendência de alta observada desde o início desta semana é impulsionada pelos riscos geopolíticos, beneficiando o ativo porto-seguro. Além disso, um modesto declínio no dólar dos EUA fornece um impulso para a commodity.
As expectativas em torno das tarifas propostas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, apontam para um aumento na pressão inflacionária, o que pode limitar a capacidade do Federal Reserve de reduzir as taxas de juros. Esses fatores continuam a sustentar os rendimentos elevados dos títulos do Tesouro dos EUA. Além disso, combinados com o otimismo no sentimento de risco, eles dificultam que investidores assumam posições agressivamente altistas no par XAU/USD.
Do ponto de vista técnico, o movimento intradiário de alta encontrou resistência em torno do nível de US$ 2.670. Caso o preço consiga uma compra sustentada acima desse patamar, o ouro poderá avançar para o nível de US$ 2.700.
Por outro lado, o nível de US$ 2.640 agora atua como suporte imediato contra uma possível queda, antes de um teste ao patamar de US$ 2.600. Um rompimento decisivo abaixo desse nível pode deixar o ouro vulnerável, abrindo caminho para a média móvel simples de 100 dias (SMA) e, posteriormente, para a mínima da semana anterior, em torno de US$ 2.536. Caso o preço ultrapasse esse ponto, isso sinalizaria uma inversão baixista, criando cenário favorável para novas perdas.
No entanto, com os osciladores do gráfico diário mostrando sinais de saída do território negativo, investidores que consideram posições vendidas devem adotar uma abordagem cautelosa.
Para estratégias de negociação, o foco deve estar nos dados macroeconômicos dos EUA. Esses, juntamente com os discursos de membros do Federal Reserve, podem trazer um novo direcionamento para o preço do metal precioso.