Os dados preliminares do PMI para a Zona do Euro trouxeram uma surpresa negativa. Em vez do crescimento esperado, todos os indicadores registraram queda. O PMI de Serviços recuou de 51,6 para 49,2 (previsão: 52,0), enquanto o PMI Industrial, que deveria subir de 46,0 para 46,2, caiu para 45,2. Consequentemente, o PMI Composto diminuiu de 50,0 para 48,1 (previsão: 50,3). O mais preocupante é que esses resultados agora apontam para o início de uma recessão. Não surpreende que, após a divulgação, o euro tenha continuado sua trajetória de queda.
Posteriormente, com a publicação de dados semelhantes nos Estados Unidos, o mercado recuperou os níveis observados antes dos números da Zona do Euro. Esse movimento foi inesperado, dado o desempenho mais robusto dos indicadores americanos. Embora o PMI Industrial tenha decepcionado levemente, subindo de 48,5 para 48,8 (previsão: 49,2), o PMI de Serviços compensou amplamente, avançando de 55,0 para 57,0 (previsão: 55,1). Como resultado, o PMI Composto dos EUA aumentou de 54,1 para 55,3 (previsão: 54,3).
Diante desses resultados, o movimento de recuperação no mercado parece contraditório. O dólar, considerando a força dos dados americanos, deveria ter continuado a se valorizar. Essa aparente inconsistência pode ser explicada pelo estado já significativamente sobrecomprado do dólar. Combinado à falta de eventos macroeconômicos relevantes no calendário, é possível que o euro mostre algum nível de recuperação no dia de hoje.