Hoje, o ouro mantém sua tendência negativa pelo segundo dia consecutivo, sendo negociado ligeiramente acima da mínima semanal.
A crescente expectativa de que as políticas expansionistas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, reacendam a inflação, limitando a capacidade do Federal Reserve de reduzir ainda mais as taxas de juros, está impulsionando um novo aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. Isso, por sua vez, fortalece a demanda pelo dólar americano, um fator chave que suprime o interesse pelo ouro.
Além disso, o otimismo em relação à possível nomeação de Scott Bessent como Secretário do Tesouro dos EUA (se confirmada), juntamente com a possibilidade de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, resultou em um fluxo de saída do ouro, que normalmente é visto como um ativo de refúgio em tempos de crise.
O cenário fundamental sugere uma possível continuação das quedas no XAU/USD. No entanto, as ameaças tarifárias de Trump e os riscos geopolíticos em andamento podem ajudar a limitar as perdas.
Os traders devem ficar atentos à divulgação de hoje sobre as vendas de novas residências, o índice de confiança do consumidor e as atas do FOMC, que podem fornecer pistas sobre possíveis cortes nas taxas de juros.
Análise técnica
Por um lado, espera-se que o preço encontre resistência em torno do nível de $2650, que corresponde à Média Móvel Simples (SMA) de 100 períodos no gráfico de 4 horas. Uma força sustentada acima desse nível poderia desencadear um rali em direção ao nível psicologicamente significativo de $2700, com o próximo alvo sendo a máxima da sessão noturna, na faixa de $2721–2722.
Por outro lado, o nível psicológico de $2600 continua sendo um ponto de suporte crítico contra novas quedas. Uma quebra abaixo desse nível exporia a SMA de 100 dias no gráfico diário, atualmente localizada em torno de $2563. Um impulso adicional de queda poderia arrastar o preço até a mínima mensal, próxima a $2536.
Uma quebra decisiva abaixo desse nível poderia servir como um novo gatilho para um sentimento baixista, abrindo caminho para um recuo mais prolongado desde a máxima histórica alcançada em outubro.