Os preços do ouro hoje estão oscilando em uma faixa estreita, alternando entre ganhos modestos e pequenas perdas, enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos Estados Unidos, prevista para ser anunciada ainda durante a sessão norte-americana.
As expectativas de uma postura menos dovish (menos inclinada ao afrouxamento monetário) por parte do Federal Reserve estão elevando os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e fortalecendo o dólar americano, limitando, assim, o potencial de alta do metal precioso.
Por outro lado, riscos geopolíticos persistentes — como as tensões no Oriente Médio, o prolongado conflito na Ucrânia e os receios de uma guerra comercial — continuam a sustentar a demanda por ativos de refúgio seguro, como o ouro, evitando quedas mais acentuadas no preço do metal.
Diante desse contexto, antes de considerar um posicionamento para a continuidade da recente correção acentuada observada desde a máxima mensal da semana passada, seria prudente aguardar a confirmação de uma pressão vendedora mais consistente.
Análise técnica
Qualquer movimento ascendente subsequente deverá encontrar resistência no máximo semanal de $2.666, alcançado na segunda-feira, seguido pelo nível de $2.677. Uma consolidação sustentada acima desse ponto pode abrir caminho para que os preços do ouro retomem o nível psicológico de $2.700. Caso os ganhos continuem, é possível que se estendam em direção ao máximo mensal, próximo de $2.726, acima do qual o par XAU/USD pode retomar sua trajetória de alta.
Por outro lado, o mínimo registrado durante a sessão americana, próximo de $2.631, oferece suporte imediato, seguido pelo mínimo mensal na região de $2.614. Além disso, o nível psicológico de $2.600 torna-se um ponto de atenção. Uma quebra decisiva abaixo desse suporte poderá atuar como um gatilho adicional para intensificar o momentum baixista.