O ouro continua a registrar ganhos modestos, pairando perto de seu recorde histórico alcançado no início desta semana. As preocupações com a escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China, juntamente com as possíveis repercussões econômicas das políticas comerciais agressivas do presidente Donald Trump, estão mantendo a demanda por ouro forte como um ativo porto-seguro.
Enquanto isso, o dólar dos EUA luta para se fortalecer, já que os mercados preveem que a Reserva Federal poderá implementar dois cortes nas taxas de juros este ano. Essa expectativa contribuiu para a redução dos rendimentos do Tesouro dos E.U.A., dando ainda mais suporte aos preços do ouro. Hoje, o relatório das folhas de pagamento não-agrícolas (NFP) será um foco importante, já que seu resultado pode influenciar o próximo movimento direcional do ouro.
Perspectiva técnica
O recente recuo seguido de ganhos contínuos reforça uma perspectiva altista de curto prazo para o ouro. No entanto, o Índice de Força Relativa (RSI) aponta para condições ligeiramente sobrecompradas, sugerindo que os traders devem agir com cautela antes de antecipar novas altas. Um período de consolidação pode ser necessário antes da retomada da tendência de alta iniciada nas mínimas de dezembro.
Os principais níveis de suporte incluem a mínima de hoje em $2.834, que pode oferecer uma base antes da zona de $2.832, seguida pelo nível psicológico de $2.800. Uma quebra decisiva abaixo de $2.800 pode desencadear vendas técnicas, levando os preços em direção à mínima semanal de $2.772. Caso esse patamar seja perdido, o ouro poderá enfrentar perdas mais acentuadas.
