A demanda continua fraca. O principal alvo dos compradores hoje é ultrapassar o nível de resistência de $6003, o que permitiria a continuidade da tendência de alta e abriria caminho para um movimento em direção a $6024. Um novo impulso para $6038 solidificaria o controle de alta.
Se o apetite pelo risco continuar a diminuir, os compradores precisarão defender o nível de suporte de $5986. A não manutenção dessa área pode resultar em um recuo acentuado para $5967, com uma possível queda para $5951 caso a pressão de venda se intensifique.
Apesar da queda recente, não há motivo para pânico. Pode ser prudente adotar uma estratégia de compras graduais durante as correções, uma vez que a perspectiva de crescimento do mercado no médio prazo permanece intacta.
A queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, causada pela redução do apetite por risco após dados econômicos decepcionantes nos EUA, pode beneficiar o Bitcoin no longo prazo. No entanto, não é recomendável entrar em posições de compra de médio prazo imediatamente. O ideal é aguardar um rompimento do nível de suporte chave em US$ 80.000 e, então, agir conforme o cenário se desenvolver.
A forte correlação entre o mercado de criptomoedas e as ações dos EUA também contribuiu para a queda dos ativos digitais. Os investidores estão reduzindo exposição a ativos de maior risco, incluindo várias criptomoedas. Esse movimento reflete a crescente integração do mercado cripto ao sistema financeiro tradicional. Diante da incerteza macroeconômica, os investidores migram para ativos mais conservadores, como títulos do governo e o dólar, intensificando a pressão sobre os preços das criptomoedas.
Dessa forma, estratégias de diversificação de portfólio e proteção contra riscos podem se tornar ferramentas essenciais para enfrentar a volatilidade.
Importância dos Níveis Técnicos e Eventos Macroeconômicos
No curto prazo, com os preços das criptomoedas testando suportes críticos, é fundamental que as perdas sejam rapidamente revertidas. O Bitcoin precisa recuperar o nível de US$ 90.000 para evitar riscos adicionais de queda. Se isso não acontecer, um novo movimento de venda pode ser desencadeado.
Além disso, o mercado está atento ao impacto das novas tarifas dos EUA sobre o Canadá e o México, que aumentam as incertezas macroeconômicas.
Os traders estarão monitorando de perto a divulgação do Índice de Preços de Despesas com Consumo Pessoal (PCE) dos EUA para janeiro, que será publicado ainda nesta semana. O PCE é um dos principais indicadores de inflação acompanhados pela Reserva Federal. Caso os dados mostrem que a inflação está se aproximando da meta de 2% do Fed, o banco central poderá iniciar cortes nas taxas de juros. Isso poderia impulsionar a demanda por ativos de risco, incluindo o Bitcoin e o mercado de criptomoedas.
Do ponto de vista técnico, os compradores de Bitcoin estão buscando um retorno ao nível de US$ 90.200, o que abriria o caminho para US$ 91.400 e, eventualmente, para US$ 92.700. A meta final seria uma alta de cerca de US$ 93.900. A quebra desse nível sinalizaria um retorno a um mercado em alta de médio prazo.
Se o Bitcoin cair, os compradores deverão recuperar o controle do mercado no nível de US$ 88.600. Uma queda abaixo dessa marca poderia rapidamente empurrar o BTC para US$ 87.200, com o próximo alvo em US$ 85.600.
Quanto ao Ethereum, se o preço se consolidar acima do nível de US$ 2.439, o caminho para US$ 2.490 se abrirá. O próximo alvo principal seria uma alta de um ano em torno de US$ 2.544. O rompimento desse nível sinalizaria um retorno a um mercado em alta de médio prazo.
Se o Ethereum cair, a expectativa é que os compradores assumam o controle em torno de US$ 2.387. Uma queda abaixo desse nível poderia empurrar rapidamente o ETH para US$ 2.335, com a próxima meta em US$ 2.275.