O Índice do Dólar dos EUA (DXY), que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de divisas principais, segue sob pressão de baixa. A trajetória descendente levou o índice aos níveis mais baixos desde o início de novembro, próximo de 103,40, confirmando uma quebra abaixo da média móvel simples (SMA) de 200 dias.
Os dados de emprego dos EUA, divulgados na sexta-feira, ficaram abaixo das expectativas, reforçando as projeções de múltiplos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) neste ano. Isso resultou em novas quedas nos rendimentos dos Treasuries, pressionando ainda mais o dólar. Além disso, preocupações com as políticas comerciais de Donald Trump e seu possível impacto na economia dos EUA adicionam um fator negativo ao cenário da moeda americana.
No entanto, o Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário caiu abaixo de 30, sinalizando condições de sobrevenda, o que pode levar a uma consolidação temporária ou até um leve movimento de recuperação antes de novas quedas. Caso o dólar tente se recuperar e ultrapasse o nível-chave de 104,00, a região próxima de 104,40 pode representar uma oportunidade de venda.
Principais Níveis Técnicos a Observar
Resistência psicológica em 105,00, onde a SMA de 200 dias está localizada atualmente. Uma quebra acima desse nível pode desencadear cobertura de posições vendidas, elevando o DXY para 105,50, com possível extensão até a faixa de 106,00–106,10.
Por outro lado, uma quebra abaixo dos 103,40 (mínimo de novembro de 2024) seria vista como um sinal de baixa, conduzindo o índice para a marca dos 103,00. Novas quedas podem se estender para 102,50-102,45, antes de testar o apoio psicológico em 102,00 e uma zona de apoio mais profunda em 101,80.
A tabela abaixo ilustra a variação percentual do dólar americano em relação às principais moedas no mês em curso.
O dólar americano mostrou a maior força em relação ao dólar canadense.