O ouro interrompeu seu movimento de alta enquanto tenta se consolidar em novos máximos históricos em torno de US$ 3.045, com os touros fazendo uma pausa antes dos resultados da reunião do FOMC. A Reserva Federal deve manter as taxas de juros inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50%, o que pode impactar significativamente a ação do preço do dólar americano e, consequentemente, o ouro. Dadas as expectativas de que as taxas permanecerão inalteradas, o foco passa a ser as projeções econômicas atualizadas e os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, durante a coletiva de imprensa após a reunião. Suas observações podem fornecer pistas sobre o futuro caminho dos cortes nas taxas, influenciando a trajetória do dólar norte-americano e, potencialmente, dando ao ouro um novo impulso direcional.
Se o Fed sinalizar um possível corte nas taxas, isso poderá sustentar os preços do ouro em níveis elevados, já que o metal precioso é tradicionalmente visto como um ativo porto-seguro durante períodos de incerteza econômica.
No entanto, o fortalecimento atual do dólar dos EUA pode limitar o potencial de alta do ouro, especialmente em meio às preocupações com a política comercial e as tensões geopolíticas.
De uma perspectiva técnica, o mercado está mostrando sinais de condições de sobrecompra, conforme indicado pelo Índice de Força Relativa (RSI) acima de 70. Isso pode levar os investidores a serem cautelosos, aguardando uma fase de consolidação ou um recuo antes de abrir novas posições compradas.
Se ocorrer uma correção, os níveis de suporte próximos de US$ 3.005 a US$ 3.000 poderão oferecer oportunidades de compra, com suporte adicional entre US$ 2.980 e US$ 2.978. Uma quebra abaixo desses níveis pode desencadear novas quedas em direção a US$ 2.956 e até mesmo US$ 2.930, antes que o ouro reteste potencialmente o nível de US$ 2.900, que marcou as baixas da semana passada.