Hoje, os preços do ouro seguem em patamares baixos, mas permanecem acima do nível psicológico de US$ 3.000, que atua como um suporte importante.
Notícias divulgadas no fim de semana indicam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está planejando uma agenda mais restritiva, com foco em tarifas recíprocas que entrarão em vigor em 2 de abril. Isso impulsionou o apetite dos investidores por ativos de risco, estabelecendo um tom positivo nos mercados acionários e, consequentemente, enfraquecendo a demanda pelo metal precioso no dia de hoje.
Paralelamente, delegações dos EUA estão em negociações com autoridades ucranianas e planejam reuniões com representantes russos. No início deste mês, Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram com uma pausa de 30 dias nos ataques à infraestrutura energética da Ucrânia, o que pode ajudar a reduzir as tensões na região.
Enquanto isso, o dólar norte-americano permanece próximo da máxima de uma semana e meia alcançada na semana passada.
No entanto, a possibilidade de que a desaceleração econômica causada pelas tarifas leve o Fed a retomar os cortes de juros está limitando a pressão de venda sobre o ouro. Isso cria incerteza, tornando prudente aguardar um declínio mais acentuado antes de abrir novas posições vendidas.
Além disso, a tensão no Oriente Médio continua elevada: Israel mantém ataques a Gaza, enquanto os houthis, apoiados pelo Irã, lançaram um míssil balístico contra Israel – embora tenha sido interceptado com sucesso. Esses eventos elevam o risco de uma nova escalada na região.
Hoje, os investidores devem ficar atentos à divulgação dos dados do PMI, que trarão novas informações sobre a economia dos EUA e podem impactar as commodities. O índice de preços básicos do PCE, a ser publicado na sexta-feira, também está no radar do mercado.
Tecnicamente, o nível de US$ 3.000 pode atrair compradores, mas um rompimento abaixo desse patamar pode intensificar as vendas, pressionando os preços do ouro para a faixa de US$ 2.980-2.978. Caso a correção persista, o próximo suporte estará entre US$ 2.956 e US$ 2.954.
Por outro lado, a máxima histórica registrada na semana passada, em torno de US$ 3.057-3.058, pode funcionar como a resistência mais próxima. Com o RSI diário saindo do território de sobrecompra, um novo impulso comprador pode reacender o movimento de alta dos últimos três meses.