O principal dado econômico divulgado ontem — o PIB do quarto trimestre dos EUA — registrou crescimento de 2,4%, acima da expectativa de 2,3%. No entanto, três grandes agências de classificação de risco — Moody's, Fitch Ratings e S&P Global — alertaram para uma possível desaceleração devido às tarifas restritivas. Além disso, o Escritório de Orçamento do Congresso revisou para baixo sua projeção de crescimento para o ano, reduzindo-a para 1,9%, e também prevê uma estabilização da inflação.
Como resultado, o euro avançou 60 pips, recuperando o nível técnico de 1,0762. Esse movimento confirma que a queda abaixo do suporte em 26 de março foi um rompimento falso e pode sinalizar uma reversão mais significativa do que a observada há 2 ou 3 dias.
Há uma ressalva — a linha de sinal do oscilador Marlin no gráfico diário ainda não retornou à zona positiva após tê-la deixado na quarta-feira. O Marlin voltará à zona de crescimento assim que o preço superar a máxima de ontem em 1,0822. Isso seria um sinal de movimento em direção ao alvo de 1,0955. Um rompimento acima dessa resistência abriria caminho para o nível de 1,1027.
Por outro lado, se o preço cair abaixo da mínima de ontem, em 1,0733, ele pode não encontrar suporte imediato em 1,0667, já que o mercado oscila entre duas narrativas fundamentais: a crise em formação e a fuga de capitais para ativos seguros, impulsionada pelo possível apoio do Tesouro via QE e pelo ressurgimento do apetite por risco no próximo trimestre.
No gráfico de quatro horas, a linha de sinal do oscilador Marlin inverteu fortemente a partir do limite inferior de sua faixa e agora está em território positivo. A linha do indicador de equilíbrio interrompeu a alta de ontem, mas um movimento acima da máxima anterior também poderia impulsionar o preço para além dessa linha. O cenário primário permanece de alta.