Os preços do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) tentam atrair compradores, mas o mercado permanece incerto.
As preocupações com as políticas comerciais agressivas do presidente Trump estão pressionando a demanda por combustíveis, o que limita o avanço dos preços do petróleo. Além disso, o plano da OPEP+ de aumentar a produção em abril — e possivelmente em maio — adiciona obstáculos à valorização da commodity.
O cenário se torna ainda mais complexo com as ameaças de Trump de impor tarifas secundárias ao petróleo russo, caso avalie que Moscou está dificultando seus esforços para encerrar as ações militares na Ucrânia. O Irã também está na mira, com ameaças de bombardeios e sanções caso não assine um novo acordo nuclear. Esses riscos elevam a possibilidade de interrupções no fornecimento tanto da Rússia quanto do Irã, o que pode sustentar os preços do petróleo bruto.
Outro fator relevante é o aumento das expectativas de que a Reserva Federal retome os cortes nas taxas de juros, o que poderia pressionar o dólar americano e, por consequência, favorecer os preços do petróleo, que são cotados na moeda norte-americana.
No aspecto técnico, os osciladores no gráfico diário apresentam sinais mistos, indicando um mercado lateralizado. O suporte para o WTI está em 68,60; um rompimento abaixo desse nível pode levar os preços a 68,25, com uma possível pausa na marca psicológica de 67,00.
Por outro lado, a resistência mais evidente está no nível de 70,00. Se os preços ultrapassarem essa barreira, podem encontrar resistência adicional em 70,10, com potencial para avançar até 70,50, onde se localiza a média móvel simples de 100 dias (SMA).
Dado esse cenário, recomenda-se cautela antes de abrir novas posições. No entanto, o RSI (Índice de Força Relativa) começou a ganhar tração de alta, sugerindo que o caminho de menor resistência, no momento, aponta para cima.