O índice de ações dos EUA, S&P 500, teve ontem um dos maiores avanços diários de sua história, encerrando a sessão a poucos pontos do nível-alvo de 5.516,00.
Uma questão sutil permanece: o gap deixado entre os dias 2 e 3 de abril foi de fato completamente fechado? Se o mercado interpretar que ainda há alguma "pendência técnica", o índice pode permanecer por mais um ou dois dias dentro do retângulo cinza marcado no gráfico diário.
A atenção agora se volta para uma resistência crítica: a linha MACD na região de 5.669,50. Um rompimento sustentado acima desse nível pode retomar a tendência de alta de médio prazo e abrir caminho para que o índice atinja novas máximas históricas.
Apesar do forte impulso recente, nosso cenário principal segue prevendo uma reversão, com o preço recuando para a zona de suporte em 4.612,00 — correspondente ao pico observado em julho de 2023. O oscilador Marlin também começa a se afastar da linha zero, reforçando essa leitura mais cautelosa. O raciocínio por trás desse movimento é que, entre os 75 países beneficiados pelo anúncio de Trump ontem — com tarifas reduzidas para até 10% — nenhum deles figura entre os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, o que limita o impacto prático da medida.
No gráfico de 4 horas, o preço segue acima da linha MACD, o que abre espaço para um teste mais técnico da resistência em 5.516,00 — com possibilidade até de rompimento momentâneo. No entanto, caso o preço rompa abaixo da linha MACD e perca o suporte em 5.356,00, o caminho ficaria aberto para uma correção mais ampla em direção a 5.274,00. Um fechamento firme abaixo desse último nível reforçaria o cenário de reversão de tendência.
