Hoje, o ouro mantém uma tendência positiva, sendo negociado acima de US$ 3.100. As preocupações com a intensificação da guerra comercial entre os EUA e a China, somadas aos receios de uma desaceleração econômica global provocada pelas tarifas, continuam a impulsionar a demanda por ativos considerados portos-seguros.
Além disso, o aumento das expectativas inflacionárias reforça ainda mais o papel do metal precioso como proteção contra a alta de preços. As previsões de múltiplos cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve em 2025, aliadas à renovada pressão vendedora sobre o dólar americano, oferecem suporte adicional aos preços do ouro.
No entanto, os compradores de ouro permanecem cautelosos e evitam abrir novas posições diante da melhora no apetite global por risco, impulsionada pela pausa tarifária anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Hoje, os investidores devem aguardar a divulgação dos dados de inflação ao consumidor nos EUA, que podem oferecer oportunidades mais claras de negociação.
Do ponto de vista técnico, os osciladores de viés altista no gráfico diário sustentam a possibilidade de uma nova fase de valorização do ouro. Assim, um movimento de alta em direção à máxima histórica, próxima de US$ 3.168 — registrada no início deste mês — parece bastante plausível.
Por outro lado, uma queda abaixo do nível psicológico de US$ 3.100 encontrará suporte imediato em torno de US$ 3.080. Abaixo desse patamar, o nível de US$ 3.057 é visto como um ponto de inflexão crítico; sua quebra abriria espaço para uma correção mais ampla em direção ao suporte psicológico de US$ 3.000. Um rompimento decisivo abaixo desse nível indicaria uma reversão de tendência em favor dos vendedores.