O par USD/CHF segue sob pressão no início da nova semana, atraindo vendedores pelo segundo dia consecutivo, sendo impactado por diversos fatores. No entanto, os preços à vista permanecem contidos dentro da faixa já familiar observada nas últimas duas semanas.
O relatório de emprego dos EUA (Nonfarm Payrolls) alterou as expectativas quanto ao corte da taxa de juros pelo Federal Reserve, transferindo a previsão de junho para julho, com uma possível redução de 25 pontos-base. A crescente incerteza econômica relacionada às tarifas e às políticas do presidente Trump continua a pesar sobre o dólar, levando os investidores a buscar ativos considerados mais seguros, como o franco suíço.
A postura volátil de Trump em relação à política comercial com a China continua a alimentar a incerteza nos mercados. Além disso, a nova escalada nos conflitos no Oriente Médio contribui para o aumento dos riscos geopolíticos. Os investidores mantêm uma postura cautelosa, o que afeta diretamente o apetite por risco.
Ainda assim, às vésperas de eventos-chave envolvendo os bancos centrais — com destaque para a decisão do Fed na conclusão da reunião de dois dias nesta quarta-feira — os investidores mostram-se reticentes em vender o dólar de forma agressiva. A divulgação do ISM Services PMI dos EUA hoje é vista como uma possível oportunidade de negociação no curto prazo.
Do ponto de vista técnico, a resistência mais próxima para o par encontra-se no nível de 0,8275, seguida por 0,8340. No entanto, enquanto os osciladores no gráfico diário permanecerem firmemente em território negativo, o caminho de menor resistência para o USD/CHF continua sendo o de queda.
Um rompimento decisivo abaixo do nível psicológico de 0,8200 poderá acelerar o movimento descendente em direção ao próximo suporte em 0,8189. Caso essa zona não seja defendida, perdas adicionais poderão ocorrer, com possibilidade de retorno às mínimas registradas em abril.