O par USD/CAD continua a cair, ficando abaixo do nível 1,3700 e atingindo seu nível mais baixo desde outubro de 2024. Esse movimento é impulsionado pelo enfraquecimento geral do dólar americano em meio a preocupações com a piora da situação fiscal nos Estados Unidos e expectativas de novos cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve.
Os principais fatores que pressionam o dólar incluem o aumento da dívida nacional dos Estados Unidos, impulsionado por cortes de impostos em larga escala e pela elevação dos gastos públicos — uma combinação que pode acrescentar cerca de US$ 4 trilhões ao déficit orçamentário ao longo dos próximos 10 anos. Além disso, os dados mais fracos do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e do Índice de Preços ao Produtor (PPI) indicam um alívio nas pressões inflacionárias, reforçando as expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve como forma de estimular a economia.
Paralelamente, o dólar canadense vem se beneficiando de dados de núcleo da inflação no Canadá acima do esperado, o que reduz a probabilidade de um corte de juros por parte do Banco do Canadá em junho. Apesar de uma leve queda nos preços do petróleo — que normalmente pesa sobre o loonie, dada sua correlação com commodities — os fortes números de inflação continuam a sustentar a moeda canadense, contribuindo para a queda adicional do par USD/CAD.
De modo geral, a combinação de um dólar americano fraco e de indicadores econômicos canadenses resistentes sugere uma continuação da tendência de queda do USD/CAD no curto prazo.
De uma perspectiva técnica, os osciladores no gráfico diário permanecem em território negativo, confirmando a perspectiva de baixa. No entanto, é importante observar que o Índice de Força Relativa (RSI) está se aproximando do território de sobrevenda, indicando uma possível fase de consolidação para o par. Portanto, os traders de baixa devem ter cautela.