Nos Estados Unidos, como de costume, haverá eventos e notícias muito mais relevantes do que na zona do euro ou no Reino Unido. Os dados econômicos começam a ser divulgados na quarta-feira, com a publicação do relatório de inflação. Vale lembrar que, embora esse relatório seja, sem dúvida, importante, o Federal Reserve não tem baseado suas decisões de política monetária exclusivamente nos números da inflação nos últimos meses.
O FOMC continua monitorando a economia e o mercado de trabalho, aguardando os efeitos plenos das tarifas sobre a economia americana. Como ainda não foram definidas as tarifas finais sobre as importações provenientes de 75 países, não é possível tirar conclusões definitivas sobre o impacto da guerra comercial. Portanto, independentemente do que mostrem os dados de inflação de maio, o Fed deverá manter a postura de cautela. A próxima reunião do banco central está agendada para 18 de junho.
Além disso, os Estados Unidos divulgarão o Índice de Preços ao Produtor (PPI) e o Índice de Sentimento do Consumidor. No entanto, esses relatórios devem atrair apenas os entusiastas mais atentos das estatísticas. O grande foco segue sendo o embate entre Donald Trump e Elon Musk. Nesta semana, o bilionário e o multibilionário passaram a confrontar-se abertamente, cada um tentando conquistar o apoio de eleitores e consumidores. Suas disputas ocorrem principalmente na mídia e nas redes sociais.
Segundo informações, Elon Musk estaria cogitando a criação de uma terceira força política nos EUA, capaz de rivalizar com democratas e republicanos. Sem dúvida, isso demandará tempo, mas, por ora, Musk pretende apoiar os democratas e se posicionar contra os republicanos.
As ações realizadas por Musk e Trump um contra o outro também atraem atenção de forma significativa. Acredito que quanto mais ações desse tipo ocorrerem, menos o mercado desejará aumentar a demanda pelo dólar. Esse desejo já está próximo de zero, mas pode cair ainda mais. Em geral, o foco principal da próxima semana será o conflito entre Musk e Trump, e não a inflação dos EUA.
Estrutura de onda do EUR/USD:
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o par continua formando um segmento de tendência ascendente. No curto prazo, a estrutura das ondas dependerá inteiramente do histórico de notícias relacionadas às decisões de Donald Trump e à política externa dos Estados Unidos. A formação da onda 3 dentro desse segmento de alta já começou, e seus alvos podem se estender até a região de 1,2500.
Diante disso, considero posições de compra com alvos acima de 1,1572 — nível que corresponde a 423,6% da retração de Fibonacci, e que pode ser superado. Vale destacar que um eventual arrefecimento da guerra comercial poderia reverter essa tendência de alta. No entanto, até o momento, não há sinais concretos de reversão nem de arrefecimento.
Estrutura de onda do GBP/USD:
A estrutura de ondas do par GBP/USD mudou. Agora, estamos diante de um segmento ascendente e impulsivo da tendência. Infelizmente, sob a presidência de Donald Trump, os mercados podem enfrentar diversos choques e reversões que não seguem qualquer estrutura de ondas ou tipo de análise técnica. No entanto, por enquanto, o cenário base e a estrutura permanecem intactos.
A formação da onda 3 de alta continua em andamento, com o alvo mais próximo em 1,3708 — nível correspondente a 200,0% da retração de Fibonacci da suposta onda global 2. Diante disso, sigo considerando posições de compra, já que o mercado ainda não demonstrou qualquer intenção clara de reverter a tendência.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas de onda devem ser simples e claras. As estruturas complexas são difíceis de negociar e, muitas vezes, trazem mudanças.
- Se houver falta de confiança no mercado, é melhor não entrar.
- Nunca há 100% de certeza quanto à direção do movimento. Não se esqueça de definir ordens Stop Loss.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.