A moeda europeia continua a se beneficiar da fraqueza do dólar americano, que se tornou ainda mais evidente com o retorno de Donald Trump à cena política. Sinceramente, discutir diariamente como Trump — ou os eventos desencadeados por ele — influencia os movimentos do mercado está se tornando cansativo. No entanto, é inevitável abordar o tema, já que o presidente dos EUA continua sendo uma figura central não apenas para o mercado cambial, mas para o mundo como um todo.
Na semana passada, ocorreram diversos eventos. A União Europeia divulgou vários relatórios importantes, mas quem está prestando atenção neles em meio a acontecimentos globais diários que abalam não só os mercados, mas também o sentimento público? Quanto mais essas turbulências se intensificam, mais o dólar se enfraquece. E, como já entendemos, há uma única razão para isso.
Atualmente, os participantes do mercado ignoram a flexibilização da política monetária do Banco Central Europeu, mesmo diante da decisão do Federal Reserve de manter sua taxa inalterada. Como resultado, até mesmo relatórios sólidos dos EUA — como o Nonfarm Payrolls ou a taxa de desemprego — são desconsiderados pelos traders. Na próxima semana, o calendário de notícias da União Europeia será notavelmente fraco. Não vale a pena se aprofundar no relatório de inflação de maio ou nos índices de sentimento econômico, já que, no momento, esses dados têm pouca relevância para o mercado.
O foco continuará sendo os conflitos geopolíticos, que só se multiplicam com o tempo. O mercado estará atento à instabilidade nos EUA e às formas como ela está sendo contida. Espera-se também por novas declarações de Trump sobre o combate às injustiças comerciais globais, as negociações com a China e a UE, e os desdobramentos do conflito entre Israel e Irã. Esses eventos determinarão o destino do dólar e, por consequência, dos pares EUR/USD e GBP/USD. Quanto a notícias positivas para o dólar, é difícil esperar alguma. Acredito que a moeda americana continuará sob pressão ao longo da próxima semana.
Análise de onda do EUR/USD:
Com base na minha análise do EUR/USD, concluo que o par continua formando um segmento de tendência de alta. A contagem de ondas depende inteiramente do fluxo de notícias relacionadas às decisões de Trump e à política externa dos Estados Unidos. Os alvos para a onda 3 podem se estender até a região de 1,25. Assim, continuo considerando posições de compra, com alvos em torno de 1,1708 — nível que corresponde à extensão de 127,2% de Fibonacci — e acima disso. Um arrefecimento da guerra comercial poderia inverter a tendência de alta, mas, no momento, não há sinais de reversão nem de desaceleração desse movimento.
Análise de onda do GBP/USD:
O padrão de ondas para o GBP/USD permanece inalterado. O par segue dentro de um segmento de tendência impulsiva de alta. Sob a liderança de Trump, os mercados podem enfrentar muitos choques e reversões que não necessariamente seguem uma estrutura de ondas ou qualquer lógica técnica. No entanto, o cenário de trabalho segue válido até aqui, e as ações de Trump continuam a pressionar negativamente a demanda pelo dólar americano. Os alvos para a onda 3 estão próximos de 1,3708, correspondendo à extensão de 200,0% de Fibonacci da suposta onda global 2. Portanto, sigo considerando posições de compra, uma vez que o mercado ainda não demonstra disposição para reverter a tendência.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas de ondas devem ser simples e compreensíveis. Estruturas complexas são difíceis de negociar e muitas vezes levam a mudanças.
- Se não houver confiança na situação do mercado, é melhor ficar fora.
- A certeza absoluta na direção dos preços não existe e nunca existirá. Não se esqueça de suas ordens de Stop Loss.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.
