A dinâmica da libra esterlina também não será impulsionada pela própria moeda nem por notícias internas do Reino Unido. Os motivos são os mesmos: o envolvimento dos Estados Unidos no conflito no Oriente Médio pode ter consequências de longo prazo, embora a confrontação entre o Irã e os EUA já dure há 40 anos. O que estamos testemunhando agora é apenas uma nova escalada de um conflito antigo. No entanto, essa escalada pode desencadear novos choques nos mercados globais. Como já mencionei, os preços do petróleo podem continuar subindo, o que significa custos mais altos de produção e transporte no mundo inteiro — e, consequentemente, aumento da inflação.
No Reino Unido, não há alarde quanto ao recente aumento do índice de preços ao consumidor, que foi atribuído ao encarecimento da energia. O Banco da Inglaterra acredita que essa aceleração da inflação não será duradoura nem persistente. Contudo, os preços do petróleo podem continuar elevados, sem recuar para a faixa dos 60 dólares.
Não podemos esquecer que os Estados Unidos entraram em um novo conflito aberto, mesmo após a ascensão de Donald Trump ao cargo com a imagem de pacificador global. Muitos analistas chegaram a afirmar que Trump almejava ganhar o Prêmio Nobel da Paz por resolver vários conflitos mundiais. No entanto, após cinco meses de mandato, Trump está perdendo para ele mesmo pelo placar de 0–1. Nenhum conflito foi resolvido sob sua liderança direta. Um conflito se intensificou e agora ameaça "explodir" o Oriente Médio. Inclusive, há relatos de que a Síria estaria pronta para se juntar à guerra contra Israel. E se lembrarmos a declaração de Trump de que resolveria o conflito entre Rússia e Ucrânia em 24 horas, o placar ficaria em 0–2 — nada favorável ao presidente norte-americano.
Voltando ao Reino Unido. Na segunda-feira, serão divulgados os PMIs dos setores de serviços e industrial. Na terça-feira, o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, fará um discurso, com outra fala prevista para quinta-feira. Na sexta-feira, será publicada a estimativa final do PIB do 1º trimestre. Tenho interesse nas declarações de Bailey, já que a reunião do Banco da Inglaterra na semana passada ocorreu sem seus comentários. Ouvir a opinião do governador sobre os principais indicadores econômicos seria esclarecedor. Ainda assim, a maior parte da atenção dos mercados continuará voltada para o conflito entre Irã, Israel e Estados Unidos.
Estrutura da onda do EUR/USD:
O par EUR/USD segue formando um segmento de tendência ascendente. A configuração atual da estrutura de ondas continua fortemente dependente do noticiário, especialmente das decisões de Donald Trump e da política externa dos Estados Unidos.
As projeções para a onda 3 indicam um possível avanço até a região de 1,2500. No curto prazo, considero posições de compra, com alvo inicial em 1,1708, que corresponde ao nível de 127,2% de Fibonacci. Um possível arrefecimento das tensões comerciais poderia gerar uma reversão dessa tendência, mas, no momento, não há sinais claros nem de arrefecimento, nem de reversão.
Estrutura da onda do GBP/USD:
O padrão de ondas do par GBP/USD permanece inalterado, sustentando um segmento de tendência impulsiva ascendente. Embora a política externa de Trump ainda represente um fator de risco, com potencial para gerar choques e movimentos corretivos que impactem a estrutura de ondas, o cenário principal permanece válido.
As projeções da onda 3 apontam para a região de 1,3708, que corresponde ao nível de 200,0% de Fibonacci da suposta onda global 2. Portanto, sigo considerando posições de compra, uma vez que o mercado não sinaliza qualquer intenção de reversão no curto prazo.
Meus princípios analíticos fundamentais:
- As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e mudam frequentemente.
- Se você não tem certeza sobre o que está acontecendo no mercado, é melhor ficar fora.
- Nunca existe certeza absoluta sobre a direção dos preços. Não se esqueça de usar ordens Stop Loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.