Hoje, os mercados operaram de forma relativamente positiva, recuperando-se após a leve correção registrada ontem. Os futuros do S&P 500 subiram 0,2%, enquanto os futuros europeus avançaram 0,5%. Os índices asiáticos permaneceram praticamente estáveis, revertendo a maior parte das perdas iniciais. O índice Nikkei-225 recuou 0,5% depois que o ex-presidente Trump ameaçou aumentar as tarifas sobre o Japão e intensificou críticas quanto à recusa do país em aceitar exportações de arroz dos EUA. O índice do dólar americano se estabilizou, permanecendo próximo à mínima de três anos registrada na terça-feira.
Os investidores seguem acompanhando de perto os dados econômicos e as tensões comerciais, após Trump afirmar que não pretende adiar o prazo de 9 de julho para a imposição de tarifas mais altas sobre os parceiros comerciais dos EUA. Esse anúncio gerou apenas uma leve onda de preocupação nos mercados financeiros, embora uma escalada das guerras comerciais possa prejudicar o crescimento econômico global e provocar perdas substanciais para empresas fortemente dependentes do comércio internacional. Economistas têm alertado repetidamente que um agravamento adicional das relações comerciais pode resultar em crescimento mais lento, inflação mais alta e redução dos investimentos.
No entanto, os mercados acionários — antes altamente sensíveis a manchetes relacionadas ao comércio — já não parecem perceber risco significativo. Essa relativa calma é sustentada pela expectativa de que Trump possa, eventualmente, estender o prazo das tarifas, repetindo seu padrão habitual de ameaçar antes de recuar.
Economistas preveem que o relatório de empregos de junho, previsto para hoje (quinta-feira), antes do feriado de 4 de julho na sexta-feira, indique uma desaceleração na criação de vagas para cerca de 110 mil novos postos, ante 139 mil no mês anterior. A taxa de desemprego deve subir para 4,3%. Isso pode exercer um efeito moderador sobre o mercado acionário.
Para a Reserva Federal, que ainda avalia o possível impacto inflacionário das tarifas, qualquer deterioração relevante no mercado de trabalho provavelmente aumentaria a pressão por cortes nos juros — medida que seria favorável às ações. Portanto, a possibilidade de uma forte liquidação nos índices é muita fraca.
No mercado de commodities, o ouro continuou sua tendência de alta após um ganho de 2% nas duas sessões anteriores, enquanto os preços do petróleo se estabilizaram durante as negociações de quarta-feira.
Perspectiva técnica para o S&P 500
Hoje, o principal objetivo dos compradores será romper a resistência mais próxima, em 6.223. Um movimento acima desse nível daria suporte a ganhos adicionais e abriria a porta para uma possível recuperação em direção a 6.234. Outra prioridade para os touros será garantir o controle acima de 6.245, o que fortaleceria ainda mais a posição dos compradores. Se o apetite pelo risco enfraquecer e o mercado se mover para baixo, os compradores devem se afirmar em torno da área de 6.211. Uma quebra abaixo desse nível provavelmente enviaria o índice de volta para 6.200 e, possivelmente, para 6.185.