O padrão de ondas do GBP/USD continua a sugerir a formação de uma sequência impulsiva de alta. O desenho das ondas se assemelha muito ao do EUR/USD, já que o dólar americano permanece como principal força motriz. A demanda pelo dólar está caindo de forma generalizada, levando a dinâmicas semelhantes em muitos instrumentos. A onda 2 do segmento de tendência de alta tomou a forma de uma única onda. Na suposta onda 3, as ondas 1, 2, 3, 4 e provavelmente 5 já foram concluídas. Portanto, essa sequência parece finalizada, e o mercado agora está entrando em uma estrutura corretiva.
É importante lembrar que muito do que acontece no mercado cambial atualmente depende das políticas de Donald Trump — e não apenas das relacionadas ao comércio. De tempos em tempos, surgem dados econômicos positivos nos EUA, mas o mercado segue concentrado na incerteza persistente, nas declarações e decisões contraditórias de Trump e na postura protecionista da Casa Branca. Como resultado, mesmo indicadores favoráveis podem não aumentar a demanda pelo dólar.
A cotação do GBP/USD caiu quase 200 pontos-base na quarta-feira. Naturalmente, surge a pergunta: o que causou esse movimento tão forte e a expressiva valorização da moeda americana? Há vários dias, venho destacando que o padrão de ondas do último segmento de alta assumiu uma configuração clara de cinco ondas. Pela própria Teoria das Ondas, já era esperada uma fase corretiva. Ontem, porém, expressei dúvidas sobre essa possibilidade, que, em retrospectiva, se mostraram infundadas.
Vale ressaltar que o fluxo de notícias não exerceu influência real sobre a força do dólar ou a queda da libra. Nos EUA, o único dado divulgado ontem foi o relatório de emprego ADP, que apresentou resultado negativo pela primeira vez em dois anos e meio. Evidentemente, esse dado não foi o gatilho para uma maior demanda pelo dólar. Enquanto isso, no Reino Unido, o Tesouro realizou vários leilões de títulos nesta semana, mas sem qualquer surpresa. O órgão conseguiu emitir papéis com vencimento em 2028 a taxas de juros mais baixas do que anteriormente, o que representa um sinal positivo para a economia britânica e sua moeda.
Esta semana também houve vários discursos do presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey. No entanto, seu tom foi extremamente cauteloso e contido. Bailey declarou que as taxas de juros continuariam a cair gradualmente ao longo do tempo — mas não há nada de inesperado ou negativo para a libra nessa afirmação. O Banco da Inglaterra iniciou seu ciclo de flexibilização monetária no ano passado e já reduziu os juros duas vezes em 2025 (ao contrário do Fed), sem que essas medidas tenham causado problemas relevantes para a libra.
Na minha visão, o único motivo para a queda acentuada do GBP/USD hoje está no padrão de ondas.
Principais conclusões:
O padrão de ondas do GBP/USD permanece inalterado. Estamos lidando com um segmento impulsivo de alta da tendência. Sob a liderança de Donald Trump, os mercados podem enfrentar novos choques e reversões, que podem impactar significativamente a perspectiva do padrão de ondas, mas, por enquanto, o cenário de trabalho segue válido. Os alvos para o segmento de alta estão agora em torno do nível de 1,4017, que corresponde a 261,8% de Fibonacci da suposta onda global 2. No entanto, esses alvos podem ser revisados, já que uma sequência corretiva de ondas parece estar se formando. Se isso realmente se confirmar, o dólar pode ter algum alívio de curto prazo, e novas posições compradas devem ser consideradas mais adiante.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas de onda devem ser simples e claras. As estruturas complexas são difíceis de negociar e, muitas vezes, evoluem de forma imprevisível.
- Se você não tiver certeza sobre as condições do mercado, é melhor ficar de fora.
- É impossível ter certeza absoluta sobre a direção do mercado. Sempre use ordens de proteção Stop Loss.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.