A estrutura de ondas no gráfico horário continua simples e clara. A última onda de baixa rompeu a mínima da onda anterior, e a nova onda de alta superou o topo anterior. Assim, a tendência permanece altista no momento. A ausência de progresso real nas negociações comerciais entre EUA e China e entre EUA e União Europeia, a reunião do FOMC que não ofereceu suporte ao dólar e o conflito no Oriente Médio — que tampouco beneficiou a moeda americana — contribuíram para que a tendência de baixa fosse fraca e de curta duração, conforme esperado.
O cenário de notícias na quarta-feira foi relativamente leve. Houve poucos eventos ou relatórios relevantes, e a atividade dos traders permaneceu baixa. O único dado que atraiu atenção foi o relatório de empregos da ADP nos EUA, que registrou queda de 33 mil vagas em junho, enquanto o mercado esperava um aumento de 95 mil. Com isso, o dólar ficou sob pressão na segunda metade do dia, e os vendedores mais uma vez recuaram, permitindo que o preço retornasse ao nível de 1,1802.
Hoje serão divulgados os relatórios mais importantes da semana — o relatório oficial de empregos (Nonfarm Payrolls - NFP), a taxa de desemprego e o índice ISM do setor de serviços. Como o feriado de 4 de julho será celebrado nos EUA, todas essas divulgações foram antecipadas para hoje. Não houve atualizações por parte de Donald Trump, que pretendia fechar novos acordos comerciais antes do Dia da Independência. No próximo dia 9 de julho, o presidente norte-americano poderá aumentar novamente as tarifas, o que pode desencadear mais uma rodada de vendas do dólar.
No gráfico de 4 horas, o par consolidou uma posição acima de 1,1680 e continua subindo em direção ao próximo nível corretivo de Fibonacci, de 161,8%, localizado em 1,1851. Uma reversão a partir desse nível favoreceria o dólar americano e poderia resultar em uma queda moderada dentro do atual canal de tendência ascendente. Um fechamento acima de 1,1851 aumentaria as chances de uma alta adicional, com o próximo alvo em 1,2066. Uma divergência de baixa está se formando no indicador RSI.
Relatório de Compromissos dos Traders (COT):
Na última semana, os traders profissionais abriram 2.980 novas posições de compra e encerraram 6.602 posições de venda. O sentimento entre o grupo "não comercial" continua otimista, em grande parte graças a Donald Trump, e continua a se fortalecer com o tempo. O número total de posições de compra mantidas por especuladores agora é de 224.000 contra 112.000 posições de venda, com a diferença aumentando constantemente. O euro continua em alta, enquanto o dólar não. A situação permanece inalterada.
Por 21 semanas consecutivas, os grandes operadores têm reduzido as posições de venda e acumulado posições de compra. Embora haja uma diferença significativa na política monetária entre o BCE e o Fed, as políticas comerciais de Donald Trump são vistas como um fator mais importante pelos traders, pois podem levar a uma recessão nos EUA e a outros problemas estruturais de longo prazo.
Calendário econômico para os EUA e a zona do euro:
- UE – PMI de serviços da Alemanha (07:55 UTC)
- UE – PMI de serviços da zona euro (08:00 UTC)
- EUA – Folha de pagamento não agrícola (12:30 UTC)
- EUA – Taxa de desemprego (12:30 UTC)
- EUA – PMI de serviços ISM (14:00 UTC)
O dia 3 de julho traz pelo menos três eventos significativos no calendário. O contexto noticioso poderá influenciar fortemente o sentimento do mercado na segunda metade do dia.
Previsão para o EUR/USD e recomendações para os traders:
Hoje, eu consideraria vender o par se ele saltar novamente do nível 1,1802 no gráfico horário, visando chegar em 1,1712. Eu havia recomendado anteriormente a compra em uma recuperação de 1,1454 com metas em 1,1574, 1,1645, 1,1712 e 1,1802 — todas elas já alcançadas. Novas posições de compra são possíveis se o par fechar acima de 1,1802, com alvo em 1,1888.
Os níveis de Fibonacci foram traçados de 1,1574–1,1066 no gráfico horário e de 1,1214–1,0179 no gráfico de 4 horas.