No segundo dia consecutivo de alta, o par se aproxima mais uma vez da máxima anual registrada no início desta semana. O acordo comercial entre os Estados Unidos e o Vietnã amenizou as preocupações com um conflito comercial prolongado, elevando o interesse dos investidores por ativos de maior risco. Além disso, a postura cautelosa do Banco do Japão em relação à saída de sua prolongada política monetária ultraexpansionista reduz o apelo do iene como moeda de porto seguro. Esses fatores criam um ambiente favorável para a valorização do par.
Ao mesmo tempo, o euro está encontrando dificuldades para atrair compradores, em razão da retórica relativamente moderada do Banco Central Europeu e do fortalecimento gradual do dólar americano. Autoridades do BCE confirmaram que o banco está próximo de encerrar seu ciclo de flexibilização, embora ainda não descartem completamente novos cortes de juros. Esse cenário contrasta fortemente com as expectativas mais hawkish em relação à política futura do Banco do Japão.
O membro do conselho do Banco do Japão, Hajime Takata, afirmou na quinta-feira que o banco central apenas suspendeu temporariamente os aumentos de juros e planeja retomar o aperto após um período de observação. Com sinais de avanço da inflação no Japão, isso deixa espaço para novos aumentos, o que poderia limitar a desvalorização do iene e restringir o potencial de alta do par EUR/JPY.
O mercado acompanhou a divulgação dos dados finais do PMI de serviços da zona do euro, que vieram positivos. Embora o impacto desses números sobre o euro seja limitado, eles ainda sustentam as expectativas de continuidade do forte movimento de alta observado em junho.
Do ponto de vista técnico, o par está se consolidando antes de buscar uma nova máxima anual. Isso fica evidente nos osciladores, que seguem oscilando próximos da zona de sobrecompra.
A tabela abaixo mostra a variação percentual do iene japonês em relação às principais moedas no dia de hoje.
O iene apresentou a maior força em relação ao dólar neozelandês.