Na segunda-feira, o par USD/CAD avançou pelo segundo dia consecutivo, impulsionado por vários fatores.
Os preços do petróleo bruto recuaram inicialmente após a decisão inesperada da OPEP+ de aumentar a produção em 548.000 barris por dia a partir de agosto. A medida foi motivada por preocupações com um possível excesso de oferta, o que colocou pressão sobre as cotações do petróleo, que agora operam dentro de uma faixa estreita.
A queda nos preços do petróleo tem impacto negativo sobre o dólar canadense, dada a forte correlação da moeda com o mercado de commodities.
Por outro lado, o dólar americano vem recebendo algum suporte como ativo de refúgio, em meio à intensificação dos ataques aéreos israelenses no Iêmen — fator que contribui para a força do USD/CAD.
No entanto, uma valorização mais expressiva do dólar segue contida por preocupações de que as amplas iniciativas fiscais e os altos gastos do governo do presidente Donald Trump possam ampliar o déficit federal e o peso da dívida. Além disso, as expectativas de que o Federal Reserve possa retomar em breve o ciclo de cortes nas taxas de juros também têm limitado os avanços da moeda americana.
Ao mesmo tempo, a redução das expectativas de novos cortes nas taxas de juros pelo Banco do Canadá vem sustentando o dólar canadense e limitando o potencial de alta do par USD/CAD.
Nesta segunda-feira, não há grandes divulgações econômicas nem nos Estados Unidos nem no Canadá, o que faz com que o movimento do par fique mais sensível às oscilações nos preços do petróleo e na força do dólar americano. O mercado, por enquanto, mantém o foco nas atas da última reunião do FOMC, que serão divulgadas na quarta-feira. Esse documento pode trazer pistas importantes sobre os próximos passos do Federal Reserve e influenciar tanto a demanda pelo dólar quanto a trajetória do USD/CAD.
Do ponto de vista técnico, enquanto os osciladores no gráfico diário continuarem em território negativo e a tendência de baixa permanecer intacta — sobretudo se o preço não conseguir romper o limite superior do canal descendente —, será difícil que o par consiga avançar com força.