Nesta terça-feira, o par USD/CHF enfrenta pressão vendedora, recuando após se aproximar do importante nível psicológico de 0,8000, sua máxima semanal. Esse movimento de queda reflete uma combinação de fatores negativos que vêm afetando o mercado.
Em primeiro lugar, o sentimento global de aversão ao risco piorou diante das crescentes preocupações com as tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Cartas divulgadas revelam planos para elevar tarifas sobre várias grandes economias, além da ameaça de uma tarifa adicional de 10% contra países do BRICS que adotam uma postura considerada antinorte-americana. Isso reduz o apetite dos investidores por ativos mais arriscados e fortalece o franco suíço, tradicional moeda de refúgio, pressionando o par para baixo. Além disso, uma realização de lucros sobre o dólar também contribuiu para a retração.
Por outro lado, o potencial de queda do dólar encontra limitações nas expectativas de que o Federal Reserve manterá os juros elevados, diante do risco de pressões inflacionárias provocadas pelo aumento das tarifas de importação e da resiliência do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Esse cenário ajuda a conter um pessimismo mais acentuado em relação ao par, especialmente na ausência de dados econômicos relevantes.
Agora, o foco do mercado se volta para a ata da reunião do FOMC, que será divulgada na quarta-feira. O documento pode trazer sinalizações importantes sobre os próximos passos da política monetária do Fed e influenciar de forma significativa o comportamento do dólar no curto prazo, podendo dar novo impulso ao USD/CHF. Além disso, o sentimento global de aversão ao risco continuará a moldar a demanda pelo franco suíço como ativo de proteção.
Do ponto de vista técnico, os osciladores no gráfico diário permanecem em território negativo, indicando que o par ainda não tem força para retomar a alta observada na segunda-feira. A resistência mais próxima está situada na região de 0,8000. Caso ocorra um rompimento e consolidação acima desse nível, haverá espaço para avanços adicionais.
